terça-feira, 15 de setembro de 2009

Livro Revela Ligações de FHC com a CIA

A obra da pesquisadora inglesa Frances Stonor Saunders (editada no Brasil pela Record, tradução de Vera Ribeiro), ao mesmo tempo em que pergunta, responde: quem "pagava a conta" era a CIA, a mesma fonte que financiou os US$ 145 mil iniciais para a tentativa de dominação cultural e ideológica do Brasil, assim como os milhões de dólares que os procederam, todos entregues pela Fundação Ford a Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do país no período de 1994 a 2002.

O comentário sobre o livro consta na coluna do jornalista Sebastião Nery, na edição deste sábado do diário carioca Tribuna da Imprensa. "Não dá para resumir em uma coluna de jornal um livro que é um terremoto. São 550 páginas documentadas, minuciosa e magistralmente escritas: "Consistente e fascinante" (The Washington Post). "Um livro que é uma martelada, e que estabelece em definitivo a verdade sobre as atividades da CIA" (Spectator). "Uma história crucial sobre as energias comprometedoras e sobre a manipulação de toda uma era muito recente" (The Times).

Dinheiro da CIA para FHC

"Numa noite de inverno do ano de 1969, nos escritórios da Fundação Ford, no Rio, Fernando Henrique teve uma conversa com Peter Bell, o representante da Fundação Ford no Brasil. Peter Bell se entusiasma e lhe oferece uma ajuda financeira de 145 mil dólares. Nasce o Cebrap". Esta história, assim aparentemente inocente, era a ponta de um iceberg. Está contada na página 154 do livro "Fernando Henrique Cardoso, o Brasil do possível", da jornalista francesa Brigitte Hersant Leoni (Editora Nova Fronteira, Rio, 1997, tradução de Dora Rocha). O "inverno do ano de 1969" era fevereiro de 69. (este é outro livro que deve ser lido!)

Fundação Ford

Há menos de 60 dias, em 13 de dezembro, a ditadura havia lançado o AI-5 e jogado o País no máximo do terror do golpe de 64, desde o início financiado, comandado e sustentado pelos Estados Unidos. Centenas de novas cassações e suspensões de direitos políticos estavam sendo assinadas. As prisões, lotadas. Até Juscelino e Lacerda tinham sido presos. E Fernando Henrique recebia da poderosa e notória Fundação Ford uma primeira parcela de 145 mil dólares para fundar o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). O total do financiamento nunca foi revelado. Na Universidade de São Paulo, sabia-se e se dizia que o compromisso final dos americanos era de 800 mil a um milhão de dólares.

Agente da CIA

Os americanos não estavam jogando dinheiro pela janela. Fernando Henrique já tinha serviços prestados. Eles sabiam em quem estavam aplicando sua grana. Com o economista chileno Faletto, Fernando Henrique havia acabado de lançar o livro "Dependência e desenvolvimento na América Latina", em que os dois defendiam a tese de que países em desenvolvimento ou mais atrasados poderiam desenvolver-se mantendo-se dependentes de outros países mais ricos. Como os Estados Unidos.

Montado na cobertura e no dinheiro dos gringos, Fernando Henrique logo se tornou uma "personalidade internacional" e passou a dar "aulas" e fazer "conferências" em universidades norte-americanas e européias. Era "um homem da Fundação Ford". E o que era a Fundação Ford? Uma agente da CIA, um dos braços da CIA, o serviço secreto dos EUA.

Milhões de dólares

1 - "A Fundação Farfield era uma fundação da CIA... As fundações autênticas, como a Ford, a Rockfeller, a Carnegie, eram consideradas o tipo melhor e mais plausível de disfarce para os financiamentos... permitiu que a CIA financiasse um leque aparentemente ilimitado de programas secretos de ação que afetavam grupos de jovens, sindicatos de trabalhadores, universidades, editoras e outras instituições privadas" (pág. 153).

2 - "O uso de fundações filantrópicas era a maneira mais conveniente de transferir grandes somas para projetos da CIA, sem alertar para sua origem. Em meados da década de 50, aintromissão no campo das fundações foi maciça..." (pág. 152). "A CIA e a Fundação Ford, entre outras agências, haviam montado e financiado um aparelho de intelectuais escolhidos por sua postura correta na guerra fria" (pág. 443).

3 - "A liberdade cultural não foi barata. A CIA bombeou dezenas de milhões de dólares... Ela funcionava, na verdade, como o ministério da Cultura dos Estados Unidos... com a organização sistemática de uma rede de grupos ou amigos, que trabalhavam de mãos dadas com a CIA, para proporcionar o financiamento de seus programas secretos" (pág. 147).

FHC facinho

4 - "Não conseguíamos gastar tudo. Lembro-me de ter encontrado o tesoureiro. Santo Deus, disse eu, como podemos gastar isso? Não havia limites, ninguém tinha que prestar contas. Era impressionante" (pág. 123).

5 - "Surgiu uma profusão de sucursais, não apenas na Europa (havia escritorios na Alemanha Ocidental, na Grã-Bretanha, na Suécia, na Dinamarca e na Islândia), mas também noutras regiões: no Japão, na Índia, na Argentina, no Chile, na Austrália, no Líbano, no México, no Peru, no Uruguai, na Colômbia, no Paquistão e no Brasil" (pág. 119).

6 - "A ajuda financeira teria de ser complementada por um programa concentrado de guerra cultural, numa das mais ambiciosas operações secretas da guerra fria: conquistar a intelectualidade ocidental para a proposta norte-americana" (pág. 45). Fernando Henrique foi facinho.



quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Olga um Embuste da Globo contra Getúlio.


É sempre bom lembrar que o único momento da história desse país em que fomos ameaçados pelo Comunismo foi durante o Governo Vargas, durante a Intentona Comunista, em 1935 - levante organizado pela Internacional Socialista.

Graças a Vargas, não nos tornamos um quintal russo, entretanto perdemos muitos brasileiros nessa luta:


• 1. Abdiel Ribeiro dos Santos - 3º Sargento
• 2. Alberto Bernardino de Aragão - 2º Cabo
• 3. Armando de Souza Mello - Major
• 4. Benedicto Lopes Bragança - Capitão
• 5. Clodoaldo Ursulano - 2º Cabo
• 6. Coriolano Ferreira Santiago - 3º Sargento
• 7. Danilo Paladini - Capitão
• 8. Fidelis Batista de Aguiar - 2º Cabo
• 9. Francisco Alves da Rocha - 2º Cabo
• 10. Geraldo de Oliveira - Capitão
• 11. Jaime Pantaleão de Moraes - 2º Sgt
• 12. João de Deus Araújo - Soldado
• 13. João Ribeiro Pinheiro - Major
• 14. José Bernardo Rosa - 2º Sargento
• 15. José Hermito de Sá - 2º Cabo
• 16. José Mário Cavalcanti - Soldado
• 17. José Menezes Filho - Soldado
• 18. José Sampaio Xavier - 1º Tenente
• 19. Lino Vitor dos Santos - Soldado
• 20. Luiz Augusto Pereira - 1º Cabo
• 21. Luiz Gonzaga - Soldado
• 22. Manoel Biré de Agrella - 2º Cabo
• 23. Misael Mendonça -T.Coronel
• 24. Orlando Henrique - Soldado
• 25. Pedro Maria Netto - 2º Cabo
• 26. Péricles Leal Bezerra - Soldado
• 27. Walter de Souza e Silva - Soldado
• 28. Wilson França - Soldado
• 29. Jeferson Almeida Xavier - Soldado
• 30. Bolívar Bueno - Soldado

Não fora uma luta inglória, mas fora sim uma luta que nos deixou feridas, feridas essas que foram ainda mais escancaradas com as mentiras que contam por aí sobre esse episódio da história brasileira.

O filme Olga é o simbolo da descontrução da nossa hitória. Segundo esse filme, Vargas teria mandado Olga pra os campos de concentração, como se a tivesse entregue a Hitler, como se compartilhasse do anti-semitismo, já ela era uma comunista judia.

Pela época ela poderia ter sido fuzilada, como seus "companheiros" fizeram com os nosso oficiais, pois cometera um crime contra a Segurança Nacional.

Contudo, Olga foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal por um dos maiores juristas brasileiros Edmundo Lins, que segundo o próprio tribunal:

"Edmundo Lins, de notável saber e grande cultura, honrou a Magistratura e, nos cargos que exerceu, legou às futuras gerações os exemplos mais dignificantes de civismo, patriotismo e grandeza moral."

Ela não foi banida daqui, como o filme dá a entender, teve direito a um julgamento justo com contraditório e ampla defesa, tendo inclusive impetrado um Habeas Corpos pleiteando a seu indulto, sem contar que ela ficou sob os cuidados do Estado brasileiro, mas isso o Fernando Meirelles não mostra, prefere fazer novela a contar a história direito. Mostraram ela sendo mandada direto para o campo concentração e o fizeram associando-se a imagem do Presidente Vargas.

À época, nem sequer tinha-se idéia de campos de conscentração: ela foi presa em 1935, sendo expulsa em 1936, após ser processada e julgada.

Os campos só foram descobertos ao final da II Guerra, antes não se tinha idéia do que eram esses campos, basta vermos de quando datam os primeiros filmes sobre o Holocausto.

Outrossim, Olga tinha nacionalidade Alemã, pra onde então deveria ter sido mandada? Pra Rússia? Stalin poderia ter tentado negociar sua extradição, mas não o fez. E ressalte-se, se alguém naquela época poderia saber se havia ou não campos de conscentração, esse alguém era Stalin e seus "camaradas", haja vista os diversos acordos celebrados entre a Rússia e a Alemanha.



Contudo, a mídia não perde uma oportunidade de dendegrir a história desse país, não podemos ter heróis, nem sentirmos orgulho, a não não ser da nossa seleção, carnaval e Ronaldos!

Isso não é uma mera postura ideológica da globo e seus asseclas, é uma estratégia de manter nosso povo submisso a essa realidade que nos assola.

Martirizaram uma Comunista responsavel pelo assassinato de vários brasileiros patriotas, e o fizeram em detrimento da imagem do maior Presidente desse país.

Getúlio vargas.

"Coitadinha da comunista judia?? O Ditador a mandou para os campos de concentração! Demônio!!!!!!!!"

É mais ou menos essas idéias que ficam no imaginário popular após se assistir "Olga Benário".

Esquecem-se que o seu marido, o apátrida Luiz Carlos Prestes, que em tese teria motivo para odiar Vargas, participou da campanha queremista em prol de getúlio, 10 anos depois do levante comunista, 1945.

Interessante também é que até o governo Itamar, eram realizadas comemorações públicas pelo Exército brasileiro, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, em homenagem aos oficiais assassinados durante a intentona, mas com assunção do vendilhão Fernando Henrique, isso foi abolido.

CONCLUSÃO

1- Talvez a mais fundamental de todas, pois precedeu até mesmo Carta Testamento, em cuja Vargas descreveu nosso principal inimigo, o imperialismo-ianque.

O Comunismo é uma doença, assim como o Liberalismo. Dois extremos que já nos ultrajaram. Foi na visão de Vargas, a primeira ameaça concreta ao projeto nacional e isso ficou claro nos seus discursos que sucederam o Lanvante Comunista de 1935 e precederam a implantação do Estado Novo. Por conseguinte, impossível associar a política de Vargas a "teses comunistas", já que o mesmo impediu a cruzada marxista-lenista.

2- O Estado Novo não foi um Regime Totalitário e Injusto, pois se tivesse sido, Vargas não teria recebido apoio de um inimigo. Vargas também não destruiu os sindicatos, como o historiador Boris fausto, comunista, aponta. Apenas criou mecanismo para proteger os trabalhadores dos seus patrões e da estratégia comunista.

sábado, 5 de setembro de 2009

As Lições de Edson Moura.

O empresário, brasileiro, Edson Moura Mororó, dono das Baterias Moura, faleceu em 15 de janeiro de 2009, vítima de câncer. Edson Moura após ter sofrido uma tentativa de "dumping" contra sua empresa, passou a tomar uma atitude nacionalista em defesa das teses ditas de "esquerda", com as quais o Nacional-trabalhismo de Vargas, Goulart e Brizola sempre buscou amparar e proteger nosso empresariado, como nos conta Paulo Rubem:

"Quando fui deputado estadual, entre 1999 e 2002, certa vez promovi na Assembléia Legislativa um Seminário sobre o Desenvolvimento de Pernambuco. Dr. Edson foi convidado e lá compareceu para expor suas opiniões. Em dado momento registrou que em sua vida tinha laços familiares com políticos militantes que abraçaram as causas dos partidos que tinham dado sustentação ao regime militar desde 1964, como a ARENA e o PDS e que mantinha certo afastamento dos temas polêmicos em relação a isso mas que por ter sofrido na pele um processo de tentativa de "dumping" por parte de uma grande multinacional automobilística, a GM, através das baterias DELCO, passara a perceber melhor as teses consideradas "comunistas", de defesa do nacionalismo e da indústria nacional contra as multinacionais. A partir dali Dr. Edson passaria a ver assuntos dessa natureza de outra maneira.

Em outra ocasião, em artigo publicado, parece-me que no Jornal do Commercio, Dr. Edson admitiu defender que o País deveria suspender por um período o pagamento da dívida externa( chegou a citar as decisões de Lenin, após 1917, na ex-União Soviética) e a partir daí investir uns US$ 40 bilhões nas atividades industriais.

Mais do que um empresário que veio de baixo, Dr. Edson foi um homem ousado, provou que o conhecimento técnico aliado à uma perspectiva criadora e corajosa poderiam contribuir para a construção de um polo de desenvolvimento que fez o caminho inverso, saindo do agreste de pernambuco para o sudeste, para o sul e para outros países do mundo com seus produtos.

Num momento em que vivemos as consequências de uma forte crise especulativa internacional, onde ganhar dinheiro virou sinônimo de aposta na especulação e, no caso brasileiro, na dívida do tesouro nacional e do estado, Dr. Edson foi até o fim da vida batalhando. Não se desfez de seus negócios, como muitos, para aplicar o possível apurado nos elevados juros praticados por um Banco Central que de um lado busca proteger a moeda da inflação mas que do outro acaba com a poupança nacional e o investimento impondo uma transferência de R$ 1,267 trilhão de juros do tesouro nacional para os juros da dívida pública interna e externa entre 2000 e 2007. Com esses recursos, quantas fábricas não teriam sido financiadas, como as Baterias Moura, pelo país a fora ?

Por duas vezes Dr. Edson contribuiu com campanhas eleitorais das quais participei, sempre disposto a ajudar parlamentares e candidaturas que tivessem uma visão de defesa da economia e da soberania nacionais.

Um nó crucial para a Moura, no entanto, dificilmente será desatado enquanto Edson der as cartas na empresa: a necessidade de encontrar parceiros capitalistas que permitam à companhia fazer lances mais audaciosos no mercado global. A hipótese já foi levantada em reuniões internas por Paulo Sales e até por Edinho. Em vão.

Nacionalista e crítico do capitalismo global, o velho Edson rebate com o jargão esquerdista de que a globalização é o novo nome do imperialismo americano e põe em dúvida o resultado das associações. "As multinacionais têm dinheiro, mas não têm eficiência", afirma. "Concorremos com três e vamos muito bem". A Moura tem mesmo gás para seguir sozinha? Só o tempo dirá."


*Texto publicado na edição de 20 de outubro de 1999 da revista Exame-Fonte www.planetajota.jr.br, Site de Jomar Morais, de Belo Jardim.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Um Brado, Chumbo e Póvora! Assim se fez a Independência do Brasil.



Que os feitos passados nos sirvam de exemplo para o futuro e que sejamos capazes de manter nossa independência tal como a recebemos para que entreguemos assim aos nossos filhos e assim a conservem gerações pós gerações.