quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Getúlio Não Tomou Parte na Deportação da Olga.

Getúlio não tomou parte em nenhum momento da deportação da Olga. O Supremo Tribunal foi quem julgou e assinou a deportação dela, por intermédio de 3 ministros do Supremo dentre os quais: Clóvis Bevilácqua( reputado o maior civilista do Brasil em todos os tempos); Edmundo Lins, e nada mais nada menos, que Guimarães Rosa, autor de Grande Sertões Veredas.

Seriam fascistas? Guimarães Rosa é Fascista? A exemplo do que imputam a Vargas? E Getúlio que não teve nenhuma participação é fascista porque deveria ter intercedido em favor de quem lhe veio depor? Quando mesmo Stalin que teve oportunidade de trocá-la por prisioneiros alemães não o fez? A troca até houve, mas Stalin deixou a Olga de fora da lista... mas não, o Stalin não é fascista, fascista é o Getúlio(que não tem nada haver com o caso)!

Ainda sim, a Olga só conseguiu ter a sua filha Anita Leocádia Prestes, graças ao excelente serviço diplomático brasileiro que garantiu a Olga Benario Prestes total assistência ao longo da gravidez, amamentação até o terceiro mês após o parto, e trazer para ser entregue a avó paterna sua filha, e só a entregou mediante garantia disso tudo. Esse aspecto sim, subordinado a competência do Executivo.

A conjuntura política não permitia que Getúlio intervi-se em favor da Olga. Como intervir em favor de quem lhe veio depor? Qualquer ação nesse sentido, enfraqueceria Getúlio ante as facções hostis do exército. Tanto é que quando Getúlio demitiu Filinto Müller, em fins de 45, logo em seguida o depuseram.

Outra deturpação grosseira; os campos de concentração só foram descobertos ao fim da guerra, a Olga foi deportada em 1936, ou seja a Europa não se encontrava em guerra. E como os campos de concentração só foram descobertos após o conflito, não se pode afirmar que sua deportação implicava relegá-la a morte. Quem afirma o contrário, mente!

Por fim nada mais elucidador do que as palavras de Paulo Timm, ex-militante do Partido Comunista Brasileiro:


"saindo da prisão, Prestes irá ao encontro de Vargas defendendo-o na permanência no poder, voltando a fazer em 1950 quando Vargas se candidata à presidência da República. Relata a crônica que não raro os dois foram vistos, tanto no final de1945 como na campanha de 1950 rindo e conversando amigavelmente, o que dificilmente ocorreria se o velho camarada, no alto da sua sempre e indiscutível dignidade pessoal, tivesse, realmente, ressentimentos contra Vargas."

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