A União Ibérica, que uniu o reino de Portugal e Espanha, e principalmente, a independência da Holanda da Espanha (Guerra de Flandres) foi o estopim que desencadeou a invasão holandesa sobre o Brasil, quando em retaliação, o rei Felipe II, proibiu o comércio com a Holanda.
Em 1624, invadem a então capital do Brasil, São Salvador. E não conseguem sustentar a praça por mais de um ano, ante uma feroz guerrilha que lhes faz os naturais da terra.
A poderosa expedição que sobrevém em 1630, composta por 64 navios de guerra e 5.400 efetivos, oque era muitíssimo para época, nunca até então tal força havia cruzado o Atlântico, tornou o assédio à Capitania de Pernambuco irresistível. E os holandeses conseguem se estabelecer. Esse domínio durará 24 anos, indo de 1630 à 1654.
O domínio holandês inicialmente restrito a Pernambuco, que compreendia sua extensão do atual Estado das Alagoas a Parahyba, é ampliado com a conquista de Sergipe, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão. Contudo um relatório holandês, de fins de 1645, dar conta que as províncias do Ceará e de Sergipe eram desabitadas. Sendo efetivamente habitadas por holandeses apenas as capitanias de Pernambuco, Itamaracá, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. O relatório não faz menção ao Maranhão, invadido em 1641.
"Todo o território até hoje conquistado sob os auspícios e pelas armas da Companhia das Índias Ocidentais divide-se em seis províncias: Sergipe d’el-Rei, Pernambuco, Itamaracá, Paraíba, Rio Grande e Ceará. A primeira e as últimas são desertas; as demais são cultivadas e mais habitadas pelos holandeses."
"Os portugueses senhoreavam o Ceará, havendo ali número mais reduzido de habitantes. Defendiam-no com um forte pouco resistente. Passando este para o nosso poder, guarnecemo-lo com um presídio de quarenta homens. Não auferimos até agora nenhum lucro ou provento notável do solo, mas os soldados e forças de índios dessa região têm às vezes ajudado os interesses da Companhia."
Sobre a população holandesa, o relatório de Adriaan van der Dussen, nos informa que:
"Os holandeses são divididos em pessoas que prestam serviço exclusivo e atualmente à Companhia e recebem salários; e pessoas que não estão a ela subordinadas [...] Os holandeses não assalariados [pela Companhia] são os que vieram nessa condição da pátria ou os que aqui, depois do término do seu contrato, deixaram o serviço da Companhia. Estes últimos são em número considerável e tendo sido oficiais e soldados contribuem agora para o povoamento do país. [...] Os holandeses livres que vieram da pátria em caráter particular são na maioria comerciantes ou empregados destes ou representantes e os de menor condição fizeram-se taverneiros ou entregaram-se a pequenos negócios, com o que obtiveram algum lucro. Alguns comerciantes experimentaram comprar engenhos, e outros, de situação mais modesta, arrendaram partidos ou canaviais, segundo as suas possibilidades, contribuindo de modo manifesto para o cultivo e povoamento destas terras. Contribuíram também para aumentar as construções e a população do Recife a ponto de não haver agora terreno vago."Se menciona ainda serem numerosos os mamelucos na capitania, e haverem muitos desses bastardos quer de portugueses, quer de holandeses, e que as mulheres eram muito cobiçadas tanto por portugueses ricos, como por holandeses:
"Do conúbio ilícito de mulheres brasilienses tanto com portugueses como com holandeses, nascem muitos destes bastardos, entre os quais, não raro, se encontram formosos e delicados tipos, quer de homens quer de mulheres.O relatório dos conselheiros Hamel, Bas e Bullestrate, de 1645, nos informa que os portugueses eram ainda amplamente majoritários na colônia, em uma proporção de 10 portugueses para 1 holandês. Se menciona que nas localidades de Cabo Santo Antônio, de Capiguaribe e Goiana, os holandeses eram numerosos. O relatório de Dursen registra um total, em todas as províncias ocupadas, de 6.180 soldados holandeses. A população de Olinda e Recife, contava à época cinco mil almas.
As mulheres casam com frequência entre a gente da sua casta. Na maioria, porém, são muito honestas e legalmente cobiçadas para esposas legítimas por portugueses, às vezes bastante ricos, e também por alguns neerlandeses abrasados de paixão."
No Maranhão, apesar de tão curto domínio, conta o padre Vieira que algumas mulheres portuguesas, em 1642, "casavam já com eles", holandeses. Cândido Mendes de Almeida, com relação ao Maranhão, diz que "da estada dos holandeses ficaram os Jansens, os Müllers e os Lappenbergs, sendo Müller germânico, e Lappenberg dinamarquês.
Adriaen van Builestrate, em 20 de dez. de 1645, da sua passagem pelo Rio Grande do Norte e Paraiba, relata que: "muitos de nossa nação [holandesa] casaram com viúvas de portugueses".
As estimativas sobre a origem das tropas holandesas, seriam compostas por cerca de 40% de holandeses propriamente, 30% oriundos do que é atualmente a Alemanha, 10% da Inglaterra/Escócia, 10% do que é atualmente a Bélgica, 7% Franceses da Normandia, e 3% da Dinamarca.
O domínio holandês sobre o Brasil se estendeu da foz do rio São Francisco ao Maranhão |
Uma estimativa dos descendentes de holandeses no nordeste do Brasil.
Mameluca tupi-holandesa |
Deve-se considerar ainda que determinados marcadores genéticos, são comuns tanto a população holandesa como portuguesa, como no caso da pesquisa em comento do Haplogrupo 1, com 67%, atribuível aos portugueses. Em Portugal esse percentual é de 66%. Esse 1% a mais, se encontra dentro da margem de erro, mas pode revelar uma maior tendencia desse gene na população nordestina, oque poderia ser atribuída aos holandeses. O certo é que nesse universo de 67%, certamente se inclui genes do Haplogrupo 1 de origem holandesa.
Para estimarmos quantos por cento desse universo de 67% do Haplogrupo 1, seria de origem holandesa. Nos baseamos no excedente de 6% do Haplogrupo 2. Esse excedente (6%) representa 32% do total de genes do Haplogrupo 2. Logo deduzimos, que 32% do universo de 67% do Haplogrupo 1, são de origem holandesa, oque se traduz em 12,3%. Ou seja, do total de 67% do Haplogrupo 1 entre os nordestinos, 12,3% seriam de origem holandesa e 54,7% de origem portuguesa. Curiosamente são essas as cifras aproximadas, do Haplogrupo 1, presentes na população do sudeste, sul e norte do Brasil, atribuídos aos portugueses: 56% no sudeste e no norte, e 52% no sul.
Assim, 18,3% (6% Hpl 2 + 12,3% Hpl 1) da população branca do nordeste brasileiro, seriam de origem holandesa. Isso representa cerca de dois milhões e seis mil pessoas. Esse numero pode ser ainda maior se adentra-se no cálculo a população parda.
Para estimarmos quantos por cento desse universo de 67% do Haplogrupo 1, seria de origem holandesa. Nos baseamos no excedente de 6% do Haplogrupo 2. Esse excedente (6%) representa 32% do total de genes do Haplogrupo 2. Logo deduzimos, que 32% do universo de 67% do Haplogrupo 1, são de origem holandesa, oque se traduz em 12,3%. Ou seja, do total de 67% do Haplogrupo 1 entre os nordestinos, 12,3% seriam de origem holandesa e 54,7% de origem portuguesa. Curiosamente são essas as cifras aproximadas, do Haplogrupo 1, presentes na população do sudeste, sul e norte do Brasil, atribuídos aos portugueses: 56% no sudeste e no norte, e 52% no sul.
Assim, 18,3% (6% Hpl 2 + 12,3% Hpl 1) da população branca do nordeste brasileiro, seriam de origem holandesa. Isso representa cerca de dois milhões e seis mil pessoas. Esse numero pode ser ainda maior se adentra-se no cálculo a população parda.
Famílias de origem Holandesa no Brasil:
Bastante conhecido, dentre as famílias holandesas no Brasil, é o caso do nobre holandês Gaspar Vanderley (Caspar van der Ley), que se estabeleceu no Brasil, durante as guerras holandesas, se convertendo ao catolicismo e se casando com D.ª Maria Mello, constituindo numerosa descendência. Contudo há outros casos. Varias famílias de origem holandesa, quando da Guerra de Flandres (no que hoje é a Bélgica e sul da atual Holanda) católicas, imigraram para Espanha e Portugal, quando o norte de Flandres, foi anexado a Holanda, vindo depois, essas famílias, para o Brasil. É o caso da Família Holanda, Brum, Dutra (Urtrech), Lemes (Lems) Betim (Bettinck). O nobre Arnau de Holanda, em Pernambuco, é citado expressamente nos relatório holandeses, como um dos mais empenhados Capitão de Guerra contra os holandeses. Contudo a presença dessas famílias mencionadas, são anteriores a invasão holandesa.
De famílias que se estabeleceram no Brasil, no curso da dominação holandesa, registra-se:
- Caspar van der Ley (aportuguesado como Wanderley);
- Dirk van Hoogstraten, aportuguesado Teodoro (ou Teodósio) de Estrada, morreu na Bahia, no posto de Mestre de Campo, em 8 de julo de 1675, tendo seu fº Francisco, natural de Pernambuco – que é o mesmo François, batizado na Igreja Reformada do Recife em 1637 – requerido mercês ao Rei de Portugal, em 1692, alegando serviços do pai;
- Francisco de Brae (aportuguesado para Braz), natural de Rotterdam, com larga descendência na Bahia;
- Albert Gerritsz Wedda (aportuguesado como Alberto Geraldo Veda/Beda), com descendência em Pernambuco;
- Johan Heck, casado com portuguesa;
- Louis Heyns, francês católico, comerciante e pessoa de confiança do governo holandês do Recife e, mais tarde, principal encarregado da negociação de Francisco Barreto quando Governador-geral do Brasil (1657-1663);
- Thomas Potts, inglês de New Castle ou de Londres, cirurgião, casado com uma portuguesa;
- Thomas Colens, escocês, o qual tendo vindo com os holandeses para o Recífe.
- Adriano Van Trapper casado com Leonor Cabral em Pernambuco.
- Joris Garstman, aportuguesado para Grasciman.
- Wensel Smit, capitão "alemão", que teve seu nome aportuguesado para Bento Farias.
- Johan Wijnants, de Haarlem, casado com uma filha de Luciano Brandão, senhor do Engenho Nossa Senhora do Rosário de Goiana.
- Jacques van der Nessen, casado com Genebra Correia.
- Kaspar van Mere, casado com Isabel Peralda.
- Martins de Coutre, (aportuguesado como Martim do Couto).
- HUSS, Hendrick Van. com descendência no Ceará.
- Abraham Tapper
Outros amancebaram-se com índias, caso de: Jacob Rabe, alemão de Waldeck, Wilhelm Doncker, Jacob Kint, Gerard Barbier e Casper Beem, que no Ceará, contra expressa proibição do Supremo Conselho, amigou-se com uma índia, pelo que foi deportado.
Outros flamengos, no Ceará, menos afoitos do que Beem, dirigiram-se, em 1651, por intermédio de uma carta escrita por um certo Kemp, ao governo do Recife, dando conta e pedindo que: "três dos da nossa nação que haviam chegado ao Ceará, estavam desejosos de casar com mulheres brasilianas, desejo também partilhado por diversos outros ["verscheyden anderen"] em serviço na mina e na fortaleza, mas que o receio os havia contido. Sua Reverendíssima é de opinião que isto trará más consequências, não sendo a nação brasiliana conveniente ["bequaem"] para se unir à nossa. Que eles holandeses manterão as mulheres como escravas, o que constituirá um abuso e poderá criar ódios entre as duas nações", pelo que pedia o parecer do Conselho. Este, depois de pesar os pró e os contra, embora reconhecendo que é "uma coisa melindrosa proibir alguém de contrair matrimónio" resolveu que se escrevesse a Mathias Beck, então Capitão-Mor do Ceará, para que este por: "meios suasórios procurasse adiar os tais casamentos".
Com negra parece ser o caso de Christoffel Trampelaer (ou Trampler) e Joana Ribeiro, de Matthijs Serts e Catarina negra.
O sobrenome Pequeno, de difusão na Paraíba e Ceará, é correlacionado a uma possível origem "holandesa" ou alemã, de que adviria da tradução Klein: pequeno, em baixo-saxão, e apelido bastante comum na atual Alemanha.
Quando da eclosão da Insurreição Pernambucana, Hoogstraten, junto com Gaspar Wanderley e Albert Gerritzs, passaram para o lado dos brasileiros, formando o Terço dos Estrangeiros, junto com outros 235 soldados "holandeses" (lembrando que as tropas holandesas eram de diversas partes do norte da Europa). Vários desses, eram holandeses de confissão católica, em especial franceses, ou convertidos, que preferiram ficar no Brasil.
O termo de rendição, celebrado entre holandeses e o governador Francisco Barreto de Meneses, faz expressa menção que os muitos descendentes de holandeses seriam igualmente tratados como súditos portugueses.
Proposta de uma Bandeira para os Descendentes de Holandeses no Brasil
O Círculo Castilhista, secção nordeste, tem como bandeira a da Nova Holanda ( Nieuw Holland ), que foi a primeira bandeira do Brasil. Tendo como única alteração, a retirada das iniciais de Maurício de Nassau: Iohan Maurits van Nassau Catzelnbogen Vianden en Dietz - IMNCVD, e apondo em seu lugar, um hierograma com as iniciais AM - Ave Maria, em alusão a Nossa Senhora, a quem foi creditada a vitória das armas brasileiras. Segue-se assim, a antiga tradição de tomar como armas, as insígnias, do inimigo vencido. Ao mesmo tempo, que se estabelece um pavilhão católico aos descendentes de holandeses, que aqui plantaram raízes, se integrando, e constituindo, parte indelével da nação brasileira.
Bandeira do Comando Leste do Círculo Castilhista |
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O pardismo é um efeito colateral do baixo QI. A maioria das pessoas de fenótipo nórdico no nordeste do Brasil vem do Minho, que diga-se de passagem é a maior concentração de genes de origem germânica em toda Ibéria, advinda dos Suevos. A essa ancestralidade se soma a de origem holandesa. As análises genéticas apontam um excedente de 6% de genes de origem nórdica no nordeste do Brasil comparado a Portugal. Esse excedente é atribuído a presença normanda (franceses) e holandesa. A descendência normanda e holandesa nos nordestinos, comprovado geneticamente, é uma realidade! E o choro é livre pardistas!
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