quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Hy-Breasil - A Origem Céltica do Nome da Terra do Brasil


Para oeste, além do horizonte, aonde o céu se funde ao oceano, existe uma ilha envolta em brumas que segundo os marinheiros que já a viram, torna a sumir diante de seus olhos. Dizem os antigos, ser a ilha Hy-Breasil uma terra em que não há fome, nem doenças, nem calor, nem frio excessivos, aonde se viveria em um perene estado de felicidade. Tal seria o paraíso terrestre para aqueles que a encontrassem. Diziam ser a terra do exílio de Marlin e do Rei Artur.

Os navegadores que se dirigiram o oeste parece terem se embebidos por essa lenda, e ter sido a fonte que deu o nome do nosso País. Antes da descoberta oficial do Brasil, já era disseminado nos mapas náuticos a existência de uma suposta ilha chamada “Brasil”. Inclusive uma das ilhas dos Açores levava esse nome, ficando até os dias atuais o nome a um monte nela localizado.

É de se registrar, a grande tradição celta do norte de Portugal e Galiza. E especialmente no norte português se fez a primeira a escola de navegadores que irá consagrar a éra das grandes navegações.

Nem seria preciso recorrer ao mito gaélico, para justificar o nome Brasil, ante a tradição marítima dos portugueses e que já se evidenciava na alcunha da mencionada ilha nos Açores. Concorre decisivamente a presença bretã no Brasil recém descoberto, que antecedeu a ocupação portuguesa nos 30 anos subsequentes a sua descoberta, praticamente abandonado e francamente frequentado por mercadores normando-bretões.

É de se assinalar que os nomes oficiais, Terra de Santa Cruz, de Vera Cruz, posta pelas autoridades portuguesas nunca pegou. Na boca da maruagem bretã, de língua gaélica, a terra era "Brasil", se por influência do escambo do pau-brasil é uma possibilidade, mas parece certo ter concorrido o imaginário mítico que povoava aquela gente de navegadores.

Da parte dos portugueses, nome vulgar do Brasil era “Terra dos Papagaios”, talvez tenha pesado mais a difusão do nome Brasil pelos bretões e normandos(os 2 principais elementos franceses que traficavam Pau-Brasil) e uma vez que os portugueses vieram tomar posse definitiva da terra em 1530. O nome Brasil já se encontraria amplamente de uso comum. Em um cenário permanente de guerra com os franceses, até mesmo depois da virada do século, quando somente em 1616 são definitivamente batidos e expulsos.

De toda sorte, advindo o nome Brasil da árvore ou da ilha mitológica, o nome por certo é de origem celtóide: “bras”, brasa, vermelho ou “Hy-Brasil” os do vermelho. 

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sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Una, Santa, Católica e Apostólica - A Verdadeira Igreja de Cristo.

"Cristão, só existe católico, o resto é herege!"

As Quatro Características/Atributos da Igreja, descrevem as marcas distintivas da verdadeira Igreja de Jesus Cristo, que são: una, santa, católica e apostólica.

Estas características foram dogmatizadas pelo Credo niceno-constantinopolitano, em 381, que professa: "Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica". Estas palavras foram usadas durante a Reforma Católica para distinguir a Igreja Católica das demais denominações surgidas da Reforma Protestante, ditas "falsas igrejas".

A parábola do bom pastor (João 10:1-30), será determinante como fundamentação para rejeição das teses "arianas", que dominarão os debates do Concílio de Nicéia, como a alusão de haver "um só rebanho e um só pastor", que concomitante, a outorga de Cristo a Pedro, ser a pedra sob a qual fundará sua igreja (Mt 16, 17-19), prediz a Unidade da igreja de Cristo e sua natureza divina (princípio da santíssima trindade).
"Eu lhes asseguro que aquele que não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. O porteiro abre-lhe a porta, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as suas ovelhas pelo nome e as leva para fora. Depois de conduzir para fora todas as suas ovelhas, vai adiante delas, e estas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas nunca seguirão um estranho; na verdade, fugirão dele, porque não reconhecem a voz de estranhos". Jesus usou essa comparação, mas eles não compreenderam o que lhes estava falando. Então Jesus afirmou de novo: "Digo-lhes a verdade: Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram.Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem. O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente."Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhasO assalariado não é o pastor a quem as ovelhas pertencem. Assim, quando vê que o lobo vem, abandona as ovelhas e foge. Então o lobo ataca o rebanho e o dispersa. Ele foge porque é assalariado e não se importa com as ovelhas. "Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas; e elas me conhecem;assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhasTenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la.Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai".Diante dessas palavras, os judeus ficaram outra vez divididos.Muitos deles diziam: "Ele está endemoninhado e enlouqueceu. Por que ouvi-lo? "Mas outros diziam: "Essas palavras não são de um endemoninhado. Pode um demônio abrir os olhos dos cegos? " Celebrava-se a festa da Dedicação, em Jerusalém. Era inverno, e Jesus estava no templo, caminhando pelo Pórtico de Salomão. Os judeus reuniram-se ao redor dele e perguntaram: "Até quando nos deixará em suspense? Se é você o Cristo, diga-nos abertamente". Jesus respondeu: "Eu já lhes disse, mas vocês não crêem. As obras que eu realizo em nome de meu Pai falam por mim, mas vocês não crêem, porque não são minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um".
João 10:1-30

Pedro - A pedra sob a qual Cristo edificou sua Igreja



“[....] Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.” Mt 16, 17-19

A sentença de Cristo a Pedro, evoca a profecia de Isaías, onde o Rei Ezequias remove de Sobna as chaves da casa de Davi e as entrega ao seu novo sucessor Eliacim (Is 22, 22): 
“Porei sobre os seus ombros a chave da casa de Davi: quando ele abrir, ninguém fechará; quando ele fechar, ninguém abrirá.”
Eliacim (Cf. 2Re 18, 37) é o vizir do reino de Israel e Judá. Uma espécie de cargo administrativo análogo ao de primeiro-ministro que conhecemos hoje, comum nos reinos da época. Basta recordar que no Antigo Testamento, o Faraó constituiu José administrador de todo Egito (Cf. Gn 41-47), lhe conferindo todo poder exceto o seu próprio trono.

A analogia com o episódio de José também ilumina as palavras de Cristo em Mt 16. José foi escolhido pelo Faraó a causa de uma revelação divina. Também Cristo escolhe Simão por ter revelado a sua natureza divina “Tu es o Cristo, Filho do Deus Altíssimo“. Paralelamente, como José, que recebe um novo nome do Faraó para a sua nova incumbência, também Cristo, para significar a nova missão de Simão, lhe chama Pedro, a “pedra” sob a qual se edificará sua igreja.

No contexto bíblico de Is 22 e Mt 16, as chaves são símbolo de autoridade jurídica e doutrinal. Cristo é o detentor das chaves do Reino dos céus (Ap 3, 7-8) e, em Mt 16 as delega a Pedro, seu vigário. Um oráculo do Senhor anunciava que Eliacim receberia a autoridade do reino de Israel. Assim também no Novo Testamento, Cristo, fundando o seu Reino, restaura tanto o reino davídico quanto o ofício de vizir e confere a Pedro a autoridade para guiar o povo na nova aliança.


A Primazia de Roma 

Os concílios ecumênicos dos séculos IV e V da era cristã se espelharam na primeira reunião eclesiástica de Jerusalém. O Concílio foi a forma em que a igreja cristã, enquanto organização estabelecida e espalhada por todo o Império, encontrou para dirimir os problemas de ordem eclesiológica, doutrinária e litúrgica.

Dependendo da tradição cristã, há a aceitação de uns em detrimento de outros:

·       Os protestantes históricos, aceitam apenas os quatro primeiros: Niceia (325), Constantinopla (381), Éfeso (431) e Calcedônia (451).
·       A Igreja Ortodoxa do Oriente aceita apenas os sete primeiros, incluindo 2º e o 3º de Constantinopla (553 e 680–681) e o 2º de Niceia (787).
·       Já a Igreja Assíria do Oriente, rejeita tanto Éfeso (431) quanto os posteriores.

Houveram ao todo 21 Concílios ao longo da história cristã, contudo, há uma concordância unanime entre as outras três tradições (protestante, ortodoxa, e Assíria) além da Católica (que reconhece todas as 21) quanto às decisões doutrinárias maiores tomadas somente nas seis primeiras, que vai de Nicéia à Constantinopla III.
Niceia (325), é o primeiro a reunir quase toda a cristandade para discutir sobre a divindade de Cristo, ante as teses heréticas do presbitero de Alexandria, Ário, e por assim dizer "arianismo". Para Ário, Jesus foi uma criatura de Deus. Ele acaba sendo condenado como herético e momentaneamente exilado. O Concílio proclama a igualdade de natureza entre o Pai e o Filho e redige o credo niceno.
Constantinopla (381), reafirma o credo niceno e expande ainda mais a compreensão sobre a doutrina da Trindade afirmando a natureza divina do Espírito Santo. Estabelece que o bispo de Constantinopla receberá as honras logo após o de Roma. Ele condena o apolinarismo, doutrina do bispo Apolinário que ensinava não haver alma ou mente humana em Cristo.
Éfeso (431), reafirma os cânones de Constantinopla e condena o nestorianismo, doutrina ensinada pelo bispo Nestor de que havia duas pessoas em Cristo, portanto Maria nunca poderia ser chamada de Theotokos, isto é, mãe de Deus,  pois ela gerou apenas a parte humana de Cristo. O concílio afirma a unidade pessoal de Cristo e a maternidade divina de Maria.
Calcedônia (451) Condenação do monofisismo, doutrina de um certo Eutikes que afirma haver em Cristo apenas uma natureza. O Concílio afirma a unidade completa das duas naturezas em Jesus Cristo – humana e divina.
Constantinopla II (553) Condena os ensinamentos de Orígenes e outros. Condena os documentos nestorianos designados “Os três Capítulos”.
Constantinopla III (680-1) Dogmatiza as duas naturezas do Cristo. Condena o monotelismo, doutrina que ensinava haver em Cristo duas naturezas distintas, mas apenas uma vontade divina.
No concílio de Éfeso (431) ocorreu uma solene proclamação da primazia petrina, chamando Pedro de Príncipe e cabeça dos apóstolos, e a coluna e fundamento da Igreja Católica, e ao mesmo tempo reconhece o bispo de Roma como seu sucessor, vejamos:
“Não há Duvida,e de fato, por todos os séculos é conhecido que o Santo e muito bem aventurado Pedro príncipe e Cabeça dos apóstolos, coluna da fé e fundamento da Igreja Católica, recebeu as chaves do reino das mãos do nosso senhor Jesus Cristo, salvador e Redentor do gênero humano, e a ele foi dado o poder de perdoar os pecados; e ele, em seus sucessores, vive e julga até o presente e para sempre ” (Concilio de Éfeso, 431. Discurso de Felipe, Legado del Romano Pontífice, Sessão III)
O mesmo ocorreu no concílio de Calcedônia, de onde havia aproximadamente 150 bispos, todos orientais e somente dois ocidentais (enviados pelo Papa) 
“Está é a fé dos Padres! Está é a fé dos apóstolos! Devemos crê-la! Seja anátema quem não crê! Pedro nos fala por meio de Leão... está é a verdadeira fé!” (Concilio de Calcedônia, Atas do Concilio, Sessão 2.)
“Por que o Santíssimo e bem aventurado Leão, Arcebispo da grande e Antiga Roma, através de nós, e através deste presente Sacrossanto Sínodo, junto com o três vezes bem aventurado e glorioso Pedro, o Apóstolo que é a Rocha e fundação da Igreja Católica, e a fundação da fé ortodoxa...”(Concilio de Calcedônia, Atas do Concilio, Sessão 3.)
Os concílios são tão importantes, porque consolidam a unidade doutrinária da igreja, rejeitando as heresias, muitas das quais que voltam a tona como é o caso das Testemunhas de Jeová que retomam as teses arianas de que Cristo não era igual a Deus, mas uma criatura do Deus verdadeiro. Tese rejeitada pelo Concílio de Nisseia, ou as teses protestantes que simplesmente ignoram o reconhecimento do primado de Roma sobre as outras igrejas reconhecido expressamente no Concílio de Éfeso, bem como a divinidade da maternidade de Maria. Todas essas questões, que há muito, já foram rejeitadas e que, mais de uma vez, fizeram prevalecer a doutrina de Roma, todas as vezes, reconhecidas pelas igrejas primitivas.


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terça-feira, 3 de setembro de 2019

O Combate de Getúlio Vargas aos Regionalismos e as Doutrinas Estrangeiras.

“O que, entretanto, caracteriza a evolução brasileira após a II Guerra é a falta de uma ideologia nacional e o abandono crescente e irresponsável de nossas crenças e dos mais legítimos interesses da população, pondo em risco a sobrevivência das falsas elites locais. Ideologias exógenas trazem para dentro do País seus conflitos. Impondo seus métodos e impedindo a identificação e a defesa dos nossos interesses mais essenciais.”

Bautista Vidal


Em uma passagem em que Elzira Vargas, filha de Getúlio, o indagara do porque não convocava o plebiscito para legitimar a Constituição de 37, Getúlio foi expresso em apontar como causa o regionalismo e a influência de doutrinas estrangeiras, expressando claramente sua contrariedade a essas duas chagas:
"[...] Não te passou ainda pela cabeça que os dois únicos partidos de âmbito nacional têm suas origens fora do Brasil: o comunismo e o integralismo? Todos os outros representam apenas interesses locais ou, quando muito, regionais." – Getúlio Vargas.
Essa exposição sucinta de Getúlio, sintetiza tanto sua aversão aos regionalismos como a influência estrangeira, como mais do que isso, expressa sua obra nacionalista. Todo apostolado de Getúlio, foi uma luta perene contra aqueles que querem dividir o Brasil. Inimigos da nacionalidade brasileira, inimigos do Brasil e dos brasileiros.

Desde o primeiro momento em que Getúlio pois os pés no Catete, deu início a uma guerra sem tréguas as facções regionais que dominavam o cenário político nacional. A política de interventores federais, implantada por Getúlio nada mais foi do que a retomada da "Política das Salvações" implementada por Hermes da Fonseca, eleito pela mão do poderoso Senador Pinheiro Machado, mentor de Getúlio, para esmagar as oligarquias regionais, concomitante a concepção castilhista de centralização administrativa, fundamental para o país. 

Foi essa política de interventores federais, de Getúlio, que motivou a Revolta de 32, e o rompimento com Flores da Cunha no RS, antes seu aliado. Lutero Vargas, filho de Getúlio, comentando os episódios que abalaram as relações entre Getúlio e Flores, comenta: "Meu pai veio para o Rio como gaúcho e voltou como brasileiro".

A política de Getúlio extinguiu TODOS os partidos regionais, inclusive, cortando na própria carne, com a extinção do PRR - Partido Repúblicano Rio Grandense, fundado pelo seu próprio pai, Manoel Vargas junto com Júlio de Castilhos.

Instaurado o Estado-Novo, a Queima-das-Bandeiras é outro momento, que mais do que simbólico, materializa o antagonismo de Getúlio ao embuste regionalista, quando expressa em seu pronunciamento:
"Temos motivos de sobra, para encarar os dias futuros com otimismo e confiança, atravessamos períodos difíceis no passado. Com as forças dispersas e malcaratadas, as rivalidades regionais e as constituições inadequadas, aumentavam a desorganização política e administrativa. Abolimos as bandeiras e escudos estaduais e municipais, os hinos regionais e os partidos políticos. Tudo isso se fez, visando consolidar a unidade política e social do Brasil." - Getúlio Vargas. 
Francisco Campos, então seu ministro é ainda mais expresso:
“Bandeira do Brasil, és hoje a única. Hasteada a esta hora em todo o território nacional, única e só, não há lugar no coração dos brasileiros para outras flâmulas, outras bandeiras, outros símbolos. Os brasileiros se reuniram em torno do Brasil e decretaram desta vez com determinação de não consentir que a discórdia volte novamente a dividi-lo, que o Brasil é uma só pátria e que não há lugar para outro pensamento do Brasil, nem espaço e devoção para outra bandeira que não seja esta, hoje hasteada por entre as bênçãos da Igreja e a continência das espadas e a veneração do povo e os cantos da juventude. Tu és a única, porque só há um Brasil ─ em torno de ti se refaz de novo a unidade do Brasil, a unidade de pensamento e de ação, a unidade que se conquista pela vontade e pelo coração, a unidade que somente pode reinar quando se instaura pelas decisões históricas, por entre as discórdias e as inimizades públicas, uma só ordem moral e política, a ordem soberana, feita de força e de ideal, a ordem de um único pensamento e de uma só autoridade, o pensamento e a autoridade do Brasil” - Francisco Campos, 1937. 
A Campanha da Nacionalização, que proibiu o ensino em língua estrangeira nas escolas, e mesmo seu uso em público e obrigando a troca de nomes estrangeiros por nacionais mostra o empenho de nacionalização por Getúlio.

Getúlio pois fim ao processo de imigração que ameaçava soterrar a nacionalidade brasileira, e frear o processo de germanização que ocorria no sul. Posteriormente, vindo a liberar a imigração portuguesa, delineando aqueles que se integravam ao corpo nacional, dos indesejáveis, que não se integravam.

Sua política de integração nacional, com a expansão para o oeste, e o assentamento de brasileiros em áreas desertas, ainda não povoadas, abertura de vias férreas, estradas, linhas de transmissão, o fortalecimento do catolicismo. Todos os atos de Getúlio colimam para um processo nacionalizador, como talvez, nunca até então houvera sido feito no Brasil. E eis oque nos diz o próprio Getúlio:
"Brasileiros! Debruçai-vos sobre o mapa da nossa Pátria! Observai o imenso domínio de que se apoderaram os nossos maiores, desprezando vicissitudes, retemperando o caráter, a cada hora, nas lides contra os acidentes naturais, recuando as raias da superfície geográfica até aos pendores da cordilheira dos Andes, galgando montanhas, transpondo caudais, varando saltos e cachoeiras, rompendo estradas em regiões inóspitas, drenando pântanos e alagadiços e assentando os alicerces de uma Nação de cerca de nove milhões de quilômetros quadrados!
Essa epopeia, entretanto, é sobrepujada por outra ainda mais impressionante e que deve encher de justo orgulho a todos vós. A manutenção da unidade brasileira constitui fenômeno sem paralelo na história dos povos modernos. O centrifugismo foi a lei que imperou em nosso Continente. Enquanto, ao longo das nossas lindes, os vice-reinados espanhóis se desagregavam, decompondo-se em dezenas de Estados; enquanto, na Europa e na Ásia, poderosos impérios se desarticulavam, mantínhamos com inquebrantável fidelidade o ritmo da nossa união sagrada. Nada nos separou, nada teve o dom de afrouxar os elos que nos soldam numa cadeia indivisível. A unidade brasileira é um dogma inviolável e um exemplo que nos servirá de bússola no rumo do porvir." - Getúlio Vargas.
Aqueles que falam em "Brasis", embalados por doutrinas externas, e que, sordidamente, evocam o nome de Getúlio, o fazem pelo mais vil oportunismo. Lobos em pele de cordeiro. Mais do que trair o legado de Getúlio, traem a nacionalidade, aos nossos ancestrais, a pátria. E o pior inimigo é sempre o interno, que atuam apunhalando pelas costas, a traição!

Nós castilhistas somos intransigentes em defesa dos interesses do Brasil, e não toleraremos infiltrados, nem tampouco, proximidade com quem quer que renegue a nacionalidade brasileira. Brasil somente aos brasileiros!