“O que, entretanto, caracteriza a evolução brasileira
após a II Guerra é a falta de uma ideologia nacional e o abandono crescente e
irresponsável de nossas crenças e dos mais legítimos interesses da população,
pondo em risco a sobrevivência das falsas elites locais. Ideologias exógenas
trazem para dentro do País seus conflitos. Impondo seus métodos e impedindo a
identificação e a defesa dos nossos interesses mais essenciais.”
Bautista Vidal
Em uma passagem em que Elzira Vargas, filha de Getúlio, o indagara do porque não convocava o plebiscito para legitimar a Constituição de 37, Getúlio foi expresso em apontar como causa o regionalismo e a influência de doutrinas estrangeiras, expressando claramente sua contrariedade a essas duas chagas:
"[...] Não te passou ainda pela cabeça que os dois únicos partidos de âmbito nacional têm suas origens fora do Brasil: o comunismo e o integralismo? Todos os outros representam apenas interesses locais ou, quando muito, regionais." – Getúlio Vargas.
Desde o primeiro momento em que Getúlio pois os pés no Catete, deu início a uma guerra sem tréguas as facções regionais que dominavam o cenário político nacional. A política de interventores federais, implantada por Getúlio nada mais foi do que a retomada da "Política das Salvações" implementada por Hermes da Fonseca, eleito pela mão do poderoso Senador Pinheiro Machado, mentor de Getúlio, para esmagar as oligarquias regionais, concomitante a concepção castilhista de centralização administrativa, fundamental para o país.
Foi essa política de interventores federais, de Getúlio, que motivou a Revolta de 32, e o rompimento com Flores da Cunha no RS, antes seu aliado. Lutero Vargas, filho de Getúlio, comentando os episódios que abalaram as relações entre Getúlio e Flores, comenta: "Meu pai veio para o Rio como gaúcho e voltou como brasileiro".
A política de Getúlio extinguiu TODOS os partidos regionais, inclusive, cortando na própria carne, com a extinção do PRR - Partido Repúblicano Rio Grandense, fundado pelo seu próprio pai, Manoel Vargas junto com Júlio de Castilhos.
Instaurado o Estado-Novo, a Queima-das-Bandeiras é outro momento, que mais do que simbólico, materializa o antagonismo de Getúlio ao embuste regionalista, quando expressa em seu pronunciamento:
"Temos motivos de sobra, para encarar os dias futuros com otimismo e confiança, atravessamos períodos difíceis no passado. Com as forças dispersas e malcaratadas, as rivalidades regionais e as constituições inadequadas, aumentavam a desorganização política e administrativa. Abolimos as bandeiras e escudos estaduais e municipais, os hinos regionais e os partidos políticos. Tudo isso se fez, visando consolidar a unidade política e social do Brasil." - Getúlio Vargas.Francisco Campos, então seu ministro é ainda mais expresso:
“Bandeira do Brasil, és hoje a única. Hasteada a esta hora em todo o território nacional, única e só, não há lugar no coração dos brasileiros para outras flâmulas, outras bandeiras, outros símbolos. Os brasileiros se reuniram em torno do Brasil e decretaram desta vez com determinação de não consentir que a discórdia volte novamente a dividi-lo, que o Brasil é uma só pátria e que não há lugar para outro pensamento do Brasil, nem espaço e devoção para outra bandeira que não seja esta, hoje hasteada por entre as bênçãos da Igreja e a continência das espadas e a veneração do povo e os cantos da juventude. Tu és a única, porque só há um Brasil ─ em torno de ti se refaz de novo a unidade do Brasil, a unidade de pensamento e de ação, a unidade que se conquista pela vontade e pelo coração, a unidade que somente pode reinar quando se instaura pelas decisões históricas, por entre as discórdias e as inimizades públicas, uma só ordem moral e política, a ordem soberana, feita de força e de ideal, a ordem de um único pensamento e de uma só autoridade, o pensamento e a autoridade do Brasil” - Francisco Campos, 1937.A Campanha da Nacionalização, que proibiu o ensino em língua estrangeira nas escolas, e mesmo seu uso em público e obrigando a troca de nomes estrangeiros por nacionais mostra o empenho de nacionalização por Getúlio.
Getúlio pois fim ao processo de imigração que ameaçava soterrar a nacionalidade brasileira, e frear o processo de germanização que ocorria no sul. Posteriormente, vindo a liberar a imigração portuguesa, delineando aqueles que se integravam ao corpo nacional, dos indesejáveis, que não se integravam.
Sua política de integração nacional, com a expansão para o oeste, e o assentamento de brasileiros em áreas desertas, ainda não povoadas, abertura de vias férreas, estradas, linhas de transmissão, o fortalecimento do catolicismo. Todos os atos de Getúlio colimam para um processo nacionalizador, como talvez, nunca até então houvera sido feito no Brasil. E eis oque nos diz o próprio Getúlio:
"Brasileiros! Debruçai-vos sobre o mapa da nossa Pátria! Observai o imenso domínio de que se apoderaram os nossos maiores, desprezando vicissitudes, retemperando o caráter, a cada hora, nas lides contra os acidentes naturais, recuando as raias da superfície geográfica até aos pendores da cordilheira dos Andes, galgando montanhas, transpondo caudais, varando saltos e cachoeiras, rompendo estradas em regiões inóspitas, drenando pântanos e alagadiços e assentando os alicerces de uma Nação de cerca de nove milhões de quilômetros quadrados!Aqueles que falam em "Brasis", embalados por doutrinas externas, e que, sordidamente, evocam o nome de Getúlio, o fazem pelo mais vil oportunismo. Lobos em pele de cordeiro. Mais do que trair o legado de Getúlio, traem a nacionalidade, aos nossos ancestrais, a pátria. E o pior inimigo é sempre o interno, que atuam apunhalando pelas costas, a traição!
Essa epopeia, entretanto, é sobrepujada por outra ainda mais impressionante e que deve encher de justo orgulho a todos vós. A manutenção da unidade brasileira constitui fenômeno sem paralelo na história dos povos modernos. O centrifugismo foi a lei que imperou em nosso Continente. Enquanto, ao longo das nossas lindes, os vice-reinados espanhóis se desagregavam, decompondo-se em dezenas de Estados; enquanto, na Europa e na Ásia, poderosos impérios se desarticulavam, mantínhamos com inquebrantável fidelidade o ritmo da nossa união sagrada. Nada nos separou, nada teve o dom de afrouxar os elos que nos soldam numa cadeia indivisível. A unidade brasileira é um dogma inviolável e um exemplo que nos servirá de bússola no rumo do porvir." - Getúlio Vargas.
Nós castilhistas somos intransigentes em defesa dos interesses do Brasil, e não toleraremos infiltrados, nem tampouco, proximidade com quem quer que renegue a nacionalidade brasileira vomitando mentiras de que o Brasil seria "diverso", "multicultural", "complexo", "heterogêneo" dentre outras baboseiras para idiotas identitários. Brasil somente aos brasileiros!
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