domingo, 16 de outubro de 2022

LULA PRESIDENTE 2022 - Nossa Posição e Razões.

Esse singelo espaço castilhista, zeloso da responsabilidade para com a Pátria, nunca se eximiu em apontar o caminho a seguir, ainda que mais tortuoso ante o cenário apocalíptico que nos encontramos. Em 2018, recomendamos o voto no Lula, e nessas eleições de 2022, voltamos a recomendar Lula. 

Passado o primeiro turno, a composição do Congresso piorou, já havia assim sido em 2018, e agora em 2022, o fosso parece não ter fundo. O caso é que, com um congresso tendo uma expressiva representação bolsonarista. É de bom alvitre que o executivo (presidência) venha a ser assumido por uma facção contrária, no caso o Lula. Talvez, assim, eventuais arroubos entreguistas do Lula venham a ser mitigados, pela simples postura de se opor. Corre a calada da noite a tramitação da PEC 32, que acabará com os concursos públicos, e dará seguimento a ocupação de cargos públicos por políticos. A quem tenha um mínimo de noção de administração, sabe o quão desastroso é essa emenda constitucional. E mais ainda, àqueles que depositam todas as mazelas do Brasil, a "corrupção", isso literalmente é a legalização do uso da máquina pública para favorecimentos pessoais, oque entra de roldão nepotismo, corrupção, tráfico de influência. Uma verdadeira chaga, que se aberta, sabe-se lá se algum dia será capaz de se concertar. Eleito Lula, a oposição no congresso certamente engavetará essa tenebrosa PEC 32. 

Também, causa arrepios os acenos do Bolsonaro ao "mercado" (leia-se banqueiros e oligárcas) de privatizar TUDO! Paulo Guedes, menino de recado do George Soros, fala em privatizar até as praias! Pois também, recentemente, na mira para privatizar, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Quanto a essas duas, o Lula havia feito declarações de por na bolsa metade das ações desses bancos, é uma medida da qual discordamos profundamente, contudo, convenhamos, é um mal menor do que pura e simplesmente privatizar, que como regra no Brasil, não bastasse os efeitos deletérios das privatizações, ainda é feita a preço vil (doação, roubo do patrimônio público). Nesse aspecto, Lula ainda é um mal menor. Dentre outras barbaridades, do desmonte do Estado Nacional, o programa do Bolsonaro, desde a eleição passada, é privatizar TODAS as universidades federais. Por mais que ele já tenha diminuído as verbas, só o fato de haver ainda, já se esta no lucro! E se eleito, terá quatro longos anos para privatizá-las, se não o fizer agora, daqui pro final do ano. A expressiva diminuição de verbas, já é um forte indício! Há muito, muito mais a dizer sobre esse desgoverno do Bolsonaro, o sucateamento das forças armadas, a completa falta de investimento em setores estratégicos, a inflação dos alimentos, o desmonte e privatização da Petrobrás, etc... 

Nunca nos iludimos quanto ao Lula não ser liberal. Sendo apenas menos liberal do que seus concorrentes, dentre os quais o Ciro em 2018. E desde o começo dessas eleições, já nos pronunciamos que o Lula de 2022 esta mais liberal do que o de 2018 (não que em 2018 não fosse). O caso é que ainda que esse Lula de 2022 seja mais liberal do que os dos períodos anteriores. Se o Bolsonaro não é tanto quanto, é mais! E ainda que considere "a mesma coisa". A simples troca de governo, sua queda, representa um ato de insatisfação, e de reprovação a essa economia de cemitério.

Outro ponto a considerar, é que a vitória do Lula tornar-se-á vital para existência do PDT. Com todos os vícios e degenerações havidos no PDT com o Ciro Gomes, que representou a "tucanização do PDT", e seu loteamento por identitários. Com reles 17 deputados, se o PDT não compuser cargos em um eventual governo (Lula). Esses 17 deputados, por certo, diminuirá até o fim da legislatura. E nas próximas eleições, com menos tempo de TV, e verba partidária, o cenário será ainda pior. 

Se eleito, como já explanamos, a simples troca de governo, representa um ato de insatisfação. Como também abrirá um cenário para recomposição de forças, e uma melhor balança de poder com hora o congresso freando o executivo e o executivo freando o legislativo. E quanto ao ativismo judicial, que tem sido uma mácula sim a República, o congresso agora terá maioria para cassar ministros do STF e mesmo reformá-lo. Nesse ponto o Bolsonaro se elegendo ou não, não altera nada, isso dependerá única e exclusivamente do Congresso, já eleito. Ou seja, se os senadores bolsonaristas quiserem cortar as asinhas do STF, já tem maioria para isso, farão? Esperemos para ver. 




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