Nas prévias das eleições de 2002, quando Brizola ainda articulava uma "Frente Trabalhista", composta pelo PDT, PTB e PPS, que por hora tinha o nome de Ciro Gomes (PPS) como cabeça de chapa. Brizola ao saber que o PPS, lançaria Antonio Brito como candidato a governador no RS, suspendeu a aliança, sob o obste do Antonio Brito ter privatizado a empresa de Telecomunicações do RS. É de se imaginar oque pensaria Brizola, do guru econômico do Ciro, Mauro Benevides, que, no programa do Ciro, dizia ainda ter 77 estatais para privatizar! E do próprio Ciro que o endossa.....
Durante 3 meses, as negociações ficaram paralisadas, até que se convencionou, que a aliança seria apenas a nível Nacional. Antonio Brito saiu candidato pelo PPS no RS, enquanto José Fortunati pelo PDT.
No Ceará, em que o PPS, partido do Ciro, tinha uma aliança informal com o PSDB, o candidato pelo PDT: Pedro Albuquerque, se negou formalmente a apoiar o Ciro Gomes.
A nível nacional, com a perspectiva de vitória no 1º turno de Lula, após 8 anos de devastação neoliberal promovida por F(MI)HC, Brizola anteviu que se deveria apoiar Lula, ainda no 1º turno, afim de sepultar qualquer chances de uma eventual vitória de José Serra (PSDB).
A posição de Brizola desagradou os outros líderes partidários: Roberto Freire (PPS) e Roberto Jefferson (PTB), que criticaram Brizola.
Roberto Jefferson (PTB), disse que a “deserção” de Brizola é a atitude de uma pessoa “desesperada”. “Como ele [Brizola] está quase sem chance de ser eleito senador, está tentando uma última ação desesperadora. Ele quer ver se consegue dessa forma conquistar o voto da onda socialista. Só assim para ser eleito.”
O presidente do diretório regional do PPS no Rio, o ex-deputado federal Sérgio Arouca, disse que faltou lealdade na decisão de Brizola. “A Frente Trabalhista foi formada com seriedade. Não se pode tomar decisões unilaterais sem se comunicar previamente os integrantes da coligação.”
Roberto Freire (PPS), disse que preferia não comentar a decisão “deste Brizola”. “Prefiro ficar com este Brizola do que com o outro, envolvido neste episódio”, disse Freire, referindo-se às declarações pró-Lula de Brizola.
Freire e Jefferson rechaçaram essa possibilidade. “Só se renuncia por uma boa causa. Nunca para beneficiar um outro candidato.”
A posição de Brizola, contrasta com a desses politiqueiros, que sempre colocam seus interesses partidários acima do Brasil, ao contrário de Brizola, que como nós, sempre colocou os interesses do Brasil acima de tudo e todos! Muitas vezes em prejuízo de si próprio, que é o proceder natural de um verdadeiro e legítimo nacionalista!
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As opiniões e relações do Brizola com o Lula sempre foram controversos. Uma hora o Brizola fazia críticas severas ao Lula, e em outros momentos estava junto e aliado com o petista.
ResponderExcluirO Caso é simples, entre FHC e Lula, Lula é um mal menor.... Brizola sempre pensou no Brasil, não fazia politicagem.
ExcluirCiro Gomes se lançou na política pelo ARENA, partido da ditadura militar, e virou político profissional pela mão do Tasso Jereissati (PSDB). Sendo PSDB, seu partido do coração. Saiu do PSDB por divergencias com o FHC e outros tucanos que apoiaram o FHC, ao invés dele (Ciro) a candidato a presidente. Razão do Ciro ter desde então pulado de partido em partido, como macaco sem galho.
ResponderExcluirDesde que se lançou candidato a presidência pelo PPS (2002), e que teve um fragmentado e arrependido apoio pelo PDT (quando Brizola ainda era vivo), já mostrava a farsa que é. Chegou a declarar que o PDT tinha que se modernizar e modificar seu pensamento, oque de imediato foi rebatido pelo Brizola que disse que o PDT nada tinha que mudar. Desde essa época no PPS, Ciro Gomes já emulava uma esquerda-liberal, que ainda não era encarnada pelo PT (que se tornou logo após a eleição do Lula em 2002), e que muito antes já era observado na dita "esquerda" europeia. Finda a eleição de 2002, com a vitória do Lula, Ciro Gomes ainda permaneceu no PPS, e algum tempo abandonou a sigla, e migrou para o PSB. Porquê? Naturalmente, porque o PSB era um partido de maior envergadura, e que já demonstrava abraçar essa tendencia ($$$$) liberal dos partidos de esquerda. Mas, a pergunta principal é, por quê não foi para o PDT, à época maior do que o PSB, e de quem ele dizia ser "meu amigo Brizola" (risos incontidos)? Porque o PDT havia apoiado o Lula no segundo turno e eleito, integrado o governo PTista, mas, principalmente..... porque o PDT ainda com o Brizola, era ferozmente anti-liberal. O principal motivo para o Brizola ter rompido com o Lula, foi por ter o PT votado a favor da descaracterização de empresa nacional, projeto de lei que foi sancionado em seguida pelo então presidente Lula, logo no inicio do seu governo. Medida que o Ciro Gomes, por óbvio, jamais se oporia, liberal que é com ideias, até hoje, mais liberais do que as do Lula.