terça-feira, 4 de dezembro de 2018

A Infiltração Religiosa, A Fórmula Imperialista para Desfragmentar e Dominar Nações.

“Creio que a assimilação dos países latino-americanos aos EUA será longo e difícil enquanto esses países continuarem sendo católicos.” – Theodore Roosevelt.


Em 19 de outubro de 1596, o navio espanhol San Felipe foi destruído em Urado na ilha japonesa de Shikoku em rota de Manila para Acapulco. O daimiô (equivalente a senhor feudal) local Chōsokabe Motochika apreendeu a carga do galeão espanhol, e o incidente chegou até os ouvidos de Toyotomi Hideyoshi, o Taikō do Japão.

Segundo os japoneses quando o governador enviado por Hideyoshi (imperador japonês) a tussa interrogou alguns membros da tripulação da nau São Felipe, um dos testemunhos foi o do piloto do navio, um tal de Francisco da Finlândia, este supostamente quis impressionar a Masuda mostrando-lhe em um mapa, a grande quantidade de territórios sobre os quais governava seu Rei Felipe II. Ao perguntar-lhe, Masuda, como havia feito Castela para poder conquistar tantos e tão extensos territórios, o piloto lhe disse que primeiro se mandava para essa nova terra os padres e frades, que se encarregavam de converter uma parte da população e suas elites, afim de dividi-los e mais facilmente conquistá-los, quando pouco depois chegassem os exércitos castelhanos, e que desta forma tinham feito no Peru.

Essa conversa foi reportada a Hideyoshi, que reagiu com fúria, pois, confirmou suas suspeitas sobre o real intento da presença de cristãos no Japão. Ordenou então, que todos os missionários no Japão fossem reunidos. Ishida Mitsunari, primeiro entre os Go-Bugyō, esclareceu que a ordem de Hideyoshi era direcionada aos franciscanos que violavam abertamente seu decreto de 1587 - os jesuítas, que eram discretos em sua pregação, foram excluídos. No final, 26 missionários foram crucificados.

Essa foi a primeira perseguição letal de cristãos no Japão. O episódio ficou conhecido como os 26 Mártires do Japão.

A consciência do imperador japonês, de enxergar na infiltração de uma religião estrangeira, um ardil imperialista, livrou o Japão de virar uma colônia, como vieram a ser, quase todos os países asiáticos, incluso a antiguíssima China, e dessa forma, sobreveio um saudável auto-isolamento do Japão.  Por mais de dois séculos e meio, a única presença europeia no Japão, foi um pequeno entreposto em uma ilhota da ilha de Nagasaki, concedido aos holandeses, só permitido despachar um único navio por ano!

Dejima, ilhota, na ilha de Nagasaki. Único posto de contato por
séculos do Japão com o ocidente. 
Essa tem sido a fórmula de fracionar e dominar nações desde tempos idos, não é fenômeno recente. A própria reforma protestante foi financiada por seitas ocultas, para fracionar e dividir países, lhes afastando da influência católica. Tal como sucedeu com a antiga Liga Hanseática, atual norte da Alemanha, em que surge a Reforma Protestante. Mesmo na época, esses reformadores, eram minoritários, ainda hoje, todo sul e oeste da Alemanha era e ainda são católicos.  E por via de subornos, vantagens comerciais e o financiamento de exércitos mercenários, conseguiram se estabelecer nos principados do norte. Igual ardil foi usado em Flandres, originando a Holanda, ainda na época, de minoria protestante. E mais tarde a Inglaterra, igualmente por uma minoria protestante subvencionada por seitas ocultistas. Igual intento tentaram na França, alí, fracassaram, e a França conservou sua unidade.

Passados séculos, a tática não mudou e continua eficiente. Para extinguir as possessões coloniais portuguesas, na África, a CIA introduziu califados mulçumanos na África Austral. E mais recentemente, um dos objetivos da imigração de árabes para Europa é o fortalecimento de comunidades mulçumanas no seio de países Europeus, vivendo uma vida apartada do corpo nacional.

Na Ibero-América esse processo já advém desde a II Guerra, quando os Rockfellers financiaram missionários e o estabelecimento de igrejas Batistas por todo Brasil, concomitante a Lojas Maçônicas,  esse processo ganha força com o neopetencostalismo, e o resultado vemos hoje.

Os elementos advindos dessas seitas, como regra, se desbrasileirizam, se dissociam do Brasil, da identidade brasileira. Embora se digam brasileiros, por uma questão formal, não se identificam com o corpo nacional. E daí passam a se identificar com os EUA, que no seu imaginário, incorpora os valores e o modo de vida que contemplam como ideal. Passam a ser corpos estranhos que infeccionam a alma nacional e que se não forem detidos, levarão a morte do Brasil.

Nossa unidade religiosa foi fator determinante na expulsão dos franceses, que se dividiram, na época, entre huguenotes e católicos, e que embora melhor estabelecidos se enfraqueceram em guerras internas, para melhor proveito dos portugueses firmemente unidos. De igual modo, foi a fé católica que deu a unidade necessária aos brasileiros contra os hereges holandeses. Cumpre a todo nacionalista sincero, se apegar a religião ancestral de sua nação, e rejeitar com veemência toda religião estrangeira como se lhe oferecessem veneno. Pois tomar, significa, além de trair e quebrar o elo com seus ancestrais, cometer o suicídio da nacionalidade.


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2 comentários:

  1. Nisso mandou a real, mas o catolicismo é a única religião verdadeira ao contrário do xintoísmo e do budismo.

    Um Brasil protestante é um pesadelo, mas um Japão Católico e independente é um sonho.

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