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sábado, 25 de maio de 2019

O Fomento dos Movimentos Negros, do Regionalismo e Identitários como Ardil Imperialista

César Benjamin, ex-secretário da Educação.
" - Temos 15 milhões de dólares e vamos provar que o Brasil é racista."

A frase é de um executivo da Fundação Ford, dita em uma reunião realizada na sede da Fundação na praia do flamengo, relatado por Cesar Benjamin, ex-secretário da Educação do Estado do RJ, quando buscava financiamento para projetos de educação em áreas rurais:
" - Fiquei chocado com o que vi. Os funcionários da fundação disseram abertamente que só financiariam projetos que destacassem a questão racial no Brasil. Exigiram que eles mudassem todo o projeto que levaram."
Cesar Benjamin afirma categoricamente que o processo de promoção de movimentos negros, polemização de temáticas raciais, etc...  são um projeto do Departamento de Estado dos EUA.
"A Fundação Ford, que é um braço do Departamento de Estado, mirou no coração do nosso software, o conceito de povo brasileiro. Acertou em cheio. Se não há povo brasileiro, o Brasil não vale a pena. Isso é parte importante da grande crise civilizatória que se abateu sobre nós e nos paralisa."
Não basta-se a intensão desfragmentadora, anti-nacional, desses organismos internacionais, que não se resume a Fundação Ford, outras ONGs como as do George Soros que atuam livremente no Brasil, promovendo e cooptando inocente úteis para quebrar a unidade nacional dos brasileiros. Mentem e distorcem a História do Brasil fazendo crer, para a atual geração, uma relação escravocrata, no passado, que nunca houve no Brasil!

A escravidão no Brasil foi menos dolorosa do que em qualquer das outras colônias modernas, inclusive a América inglesa. É um testemunho universal, repetido até pelos anglo-saxões. No Brasil a vida geral se fazia com uma relativa aproximação de senhores e escravos, e havia para estes mais humanidade. Por isso, o reflexo do mal teve outros tons. Se é possível apontar algumas relativas cruezas nos quadrados de senzalas dependentes dos cafezais, pelo resto do Brasil era uma inocente escravidão rural ou doméstica. Inocente porque, dadas as condições de cultura dos escravos, as formas de vida tinham piores efeitos para os próprios senhores do que para aqueles, humanamente tratados. Uma coisa é o efeito de massas de cativos, quase isolados, jungidos ao trabalho da mina, ou nos ergástulos dos latifúndios, outra é a ação de escravos misturados ao viver da família: dezenas de negros e mulatos, no recesso das cozinhas, no segredo das alcovas. De tudo isso já se tem tratado muito; e, a mais de um propósito, admite-se que da escravidão derivou mal para a vida moral.


No mesmo leito, viam-se, frequentemente, os filhos do casal, ao lado de quatro ou cinco escravos, distinguindo-se, apenas, na cor. Nesse cativeiro, a alma do negro não se sentia intransigentemente amesquinhada; havia relativa expansão, uma qual liberdade, e sombras de felicidade. E porque assim se fez o cativeiro dos pretos, nunca houve, aqui, daquelas sangrentas reações de escravos, como se encontram na história de outras partes da América. Afora casos individuais, contra um ou outro senhor mais desumano, as revoltas se limitavam aos quilombos de negros fugidos, e que não eram caçados a dente de cães de sangue... O próprio desenvolvimento dos Palmares, e outros grandes quilombos, mostra que os pretos escravos tinham, no Brasil, possibilidades que não existiam noutras colônias. Palmares foi uma organização política, e não um reduto de ódios. 

A nobreza de então, que deu grande parte do heroísmo do primeiro Brasil, forma uma bela aristocracia rural, vivendo do escravo, sim, mas, tão humana, que não tem par em todos os outros países coloniais da época. O cronista inglês Henry Koster, que viveu na região de mais desenvolvido trabalho agrícola do seu tempo no Brasil, mostra-nos uma escravidão com senhores – “que não tiram da terra todo o proveito possível, tal é sua bondade para com os escravos”. Nas grandes famílias, a tradição é de que “Não se vendem as crias da casa”. Em Pernambuco, atesta ele noutra parte, “os escravos são sempre decentemente vestidos”. Singelos, quase ingênuos aristocratas, eles têm, apenas, a fidalguia de ânimo, essência que pela idade se apura. 

E se esse que vos fala lhes parecer de excessivo apresso verifique oque diz Jean Louis Rodolphe Agassiz, um dos maiores promotores e dos principais defensores das teses racialistas do século XIX, quando de sua estadia no Brasil:
"- Era grande a variedade de toaletes; sedas e cetins roçavam-se com lãs e musselinas, e os rostos mostravam todas as tonalidades, do negro ao branco, sem contar as cores acobreadas dos índios e dos mestiços.
Não há aqui, com efeito, o menor preconceito de raça. Uma mulher preta — admitindo-se, já se vê, que seja livre — é tratada com tanta consideração e obtém tanta atenção quanto uma branca.
"
Ainda no Rio de Janeiro, sua esposa, Elizabeth, escrevera à sua família, constatando que:
“não há aqui o sentimento de inferioridade do preto que existe entre nós.”
Essa democracia racial observada pelos Agassiz, em seus juízos, seria prejudicial no sentido de que a mestiçagem produz uma população fraca e depauperada, composta por seres “vagos, sem caráter nem expressão”. Segundo Elizabeth, que lamenta:
o fato, tão honroso para o Brasil, de ter o negro pleno e inteiro acesso a todos os privilégios do cidadão tende a aumentar, antes que a diminuir, sua importância numérica.
Na Africa do Sul, quando do estabelecimento das primeiras colonias holandesas na cidade do Cabo, antes possessão portuguesa. Nos dez anos em que viveu no Cabo, Jan van Riebeck jamais teve contato pessoal com a população negra. Nunca tentou aprender os idiomas locais. Muito pelo contrário, ordenou, em 1660, a implantação de uma cerca para isolar a si e a todos os colonizadores. Os nativos eram chamados por ele de "cães negros, imbecis e fedorentos".

Há quem especule que, se os portugueses tivessem tomado posse do Cabo da Boa Esperança, a história da África do Sul teria seguido rumo bem diferente. O jornalista sul-africano Allister Sparks é um dos que acreditam nisto. Em seu livro The Rise and Fall of Apartheid in South Africa, Sparks escreveu:
"A história girou com o vento. Tivessem os portugueses ficado no Cabo, jamais teria havido o povo dos africânderes (ou bôeres) e sua ideologia do apartheid. Talvez uma República da Boa Esperança, rica em minérios, teria se desenvolvido num segundo Brasil, numa sociedade conhecida por integrar diversas raças e não como símbolo mundial da segregação racial."
O fomento, na atualidade, dos ditos "movimentos identitários", de negarem a nacionalidade, o fomento de regionalismos, de supostos quistos étnicos dissonantes do corpo nacional, que são difundidos, não só no Brasil, como em todo o mundo! São ardis imperialistas para quebrar a unidade nacional com fim de enfraquecer os Estados-Nacionais. O aspecto "novo", e que merece um maior aprofundamento posterior, é que esse imperialismo, não mais se restringe a um país "A" contra um país "B", mas sim de uma casta oligárca contra TODAS as nações do planeta. A tática é muito mais sofisticada e sutil como jamais houve!


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domingo, 5 de maio de 2019

"O Sangue dos Deuses" Entre os Brasileiros - e sua Influência sobre a Saúde e a Personalidade

O Brasil esta entre os países do mundo com maior incidência de pessoas com fator Rh- (Rhessus negativo), entre 16 à 18%. É um percentual maior do que a média europeia que não excede 7 à 8%, atingindo seu pico na Euskadia (país Basco) com 40%. Alguns teóricos, sustentam que o Rh- seria "O Sangue dos Deuses", atribuindo sua origem a uma suposta origem extra-terrestre. Pois, nenhum outro animal, exceto o ser humano, apresenta o fator Rh negativo no planeta.

A Orígem do Rh-, ainda é uma incógnita, contudo, pondo as teses "telúricas", de suposta origem extra-terrena de lado, a tese de adaptabilidade evolutiva tende a ser mais plausível. Pessoas de Rh- negativo são imunes a determinados vírus e bactérias, oque teria propiciado sua propagação. Contudo, em que agrupamento humano teria se originado?

A incidência do fator Rh- esta muito bem caracterizado, na Europa, em especial na banda ocidental, atingindo seu pico entre a atual população basca. Outros agrupamentos humanos, especialmente canários (habitantes das ilhas canárias) e berberes, isolados nas montanhas de Marrocos, também apresentam fator Rh- acima da média. Os estudos, linguísticos e genéticos dessas populações (bascos, canários e berberes) tem apontado, cada vez mais, a evidencia de uma origem comum, que adviria do homem de cromagnon.

Análises genéticas realizadas de dentes de populações de caçadores-coletores (cromagnos) registram serem portadores de sangue "O-". As populações bascas, canárias e berberes são essencialmente originárias dessas população de caçadores-coletores com uma posterior invasão neolítica e que permaneceram isoladas através dos milênios.  Daí melhor conservando o fator Rh-.

A alta incidência de fator Rh- no Brasil é mais difícil de explicar, e não existem maiores estudos a respeito. A média do fator de Rh- entre os portugueses (4,2%) é menor do que a dos brasileiros (18%), então ao menos, esse excedente, presente nos brasileiros, não pode ser atribuído aos portugueses. Parte dessa alta incidência de Rh- entre os brasileiros, pode ser atribuível a sua descendência holandesa e normanda (franceses) na éra colonial, posto que essas regiões apresentam índices de Rh- de 15% entre sua população. Estudos genéticos recentes, realizados nos países de colonização espanhola, apontam uma maior contribuição genética basca em suas formação do que até então se supunha. Talvez, algo semelhante, tenha se passado no Brasil no período da União Ibérica, com um maior afluxo de bascos para o Brasil (UchoaGarro, Ortiz, Sarabia, Urrea, Aguirre, Mendonça, etc....). Embora, mesmo, esses países hispânicos, de maior contribuição basca em sua formação, não apresentam fator Rh- elevado. Então mesmo que tenha havia um influxo maior de bascos para o Brasil, não explicaria essa elevada incidência do fator Rh- no Brasil, embora corrobore. Uma outra hipótese seria, que por acaso, contingentes portugueses ou bascos, específicos, portadores de fator Rh-, tenham se estabelecido no Brasil e pela pequenez populacional,  e isolamento, com o tempo, se expandiram endogamicamente, como foi comum entre as famílias brasileiras. E uma última hipótese, seria que os indivíduos portadores de Rh-, estariam melhor protegidos de doenças tropicais, dando-lhes maior capacidade adaptativa e sua consequente propagação. Talvez.... o conjunto de todos esses fatores, tenham contribuído, e explicaria essa alta incidência do fator Rh- entre os brasileiros. 

Os Grupos Sanguíneos 

Em 1901, o médico austríaco Karl Landsteiner reconheceu três grupos de sangue ABO. A descoberta do fator Rh em 1940 permitiu que os médicos compreendessem completamente os problemas de compatibilidade entre doadores de sangue e destinatários.

As células vermelhas do sangue (eritrócitos) tem um tipo de antígeno na superfície. Composto de moléculas de açúcar, esses antígenos são chamados aglutigenos. Existem dois tipos de aglutinogenos: tipo A e tipo B. O tipo de antígeno na superfície de suas células vermelhas do sangue determina o seu tipo de sangue.

Existem quatro tipos de sangue, feita a partir de combinações de tipo A e tipo B antígenos:
Tipo A: Os glóbulos vermelhos têm o tipo de A aglutinogeno.
Tipo B: células vermelhas Do sangue têm o tipo B aglutinogeno.
Tipo AB: Os glóbulos vermelhos têm tanto de tipo A e tipo B aglutinogenos.
Tipo O: Os glóbulos vermelhos não têm qualquer aglutinogenos.
Há uma outra proteína (fator Rh) que, às vezes, é encontrada nas células vermelhas do sangue. Se uma pessoa tem o fator Rh, o seu tipo de sangue é chamado de "Rh positivo." Um indivíduo sem esta proteína é chamado de "Rh negativo". Combinado com a ABO, tipos descritos acima, uma pessoa pode ser A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ ou O-.

O sangue dos tipos A e B são co-dominantes, por isso, se o pai tem sangue tipo AA e a mãe tem sangue tipo o BB, a criança vai ter um tipo de sangue AB.

Sangue Tipo O é recessivo, de modo que uma criança só tem esse tipo de sangue se ele recebe dois O tipo de sangue de genes de seus pais. Se ambos os pais são o sangue do tipo O, todas as crianças na família têm o mesmo tipo de sangue. Outra forma de isso acontecer é se os pais são heterozigotos para o alelo: significa a mãe pode ser o tipo de sangue A, mas o seu genótipo (os genes que ela carrega) estão realmente AO. Nesse caso, ela expressa o sangue antigeno, mas ela também tem um gene para o tipo de sangue. Se ela se casa com outro heterozigoto AO portador, há uma chance de que um dos seus filhos herdariam O que são genes e, em seguida, ter o o tipo de sangue. A chance de essa família ter um filho com o tipo de sangue é de 25% - há 50% de chance de que iria ter um filho com o AO genótipo (que teriam tipo A) e 25% de chance de que iria ter um filho com o genótipo AA (tipo A de sangue).


A Origem dos Tipos Sanguíneos:

Os diferentes grupos sanguíneos (A, B, AB, O), parecem esta ligados a metabolização dos alimentos nas distintas fases da evolução humana e sua conseqüente adaptação. Pois diferentes alimentos são metabolizados de forma única por cada grupo, provavelmente, resultou em que um grupo sanguíneo alcançar um certo nível de susceptibilidade (bom ou ruim) para quadros endêmicos de, bactérias, vírus e parasitas de dada área. Isso, provavelmente mais do que qualquer outro fator, foi o que influenciou a moderna distribuição de nossos grupo sanguíneo. É fascinante notar que praticamente todas as principais doenças infecciosas que ocorreram de forma tão desenfreada em todo o nosso período pré-antibiótico, se correlaciona a uma preferência a um tipo sanguíneo.

O caso da Peste Negra, que acometeu a Europa durante o Séc. XIII e XIV, é especialmente interessante. A Yersinia é uma bactéria que acometeu especialmente indivíduos do tipo O. A praga foi quase sempre fatal para aqueles que a contraíram nos primeiros anos do surto. Pelo do século XV, no entanto, o número de mortes eram raras, apesar de muitas pessoas continuarem a contrair a infecção. Em apenas duas gerações, os traços foram desenvolvidos nos sobreviventes, que os protegiam de infecções fatais. Desde estes traços foram necessárias para a sobrevivência, eles eram repassados e mantido como uma forma de memória genética.

As populações europeias, em sua fase de pré-urbanização, de caçadores coletores, teriam vantagem de sobrevivência com sangue do tipo Ó, por ser mais resistente aos vermes que rotineiramente parasitavam esses primeiros seres humanos. A fase de urbanização e de assentamentos agrícolas, privilegiou indivíduos do tipo A e posteriormente de grupos advindos da Ásia do tipo B.

O alelo "B" não é encontrado entre os caçadores coletores, e nem entre a população neolítica (majoritariamente de tipo A). Tendo sido introduzido na Europa com a população vindo das estepes. Na Euskadia (País Basco) o grupo B é quase inexistente, oque comprova o isolamento dessa população. 

Quanto ao fator Rh. Estudos genéticos mostram que o fator Rh- (Rhesus negativo), era inexistente entre a população neolítica (agricultores), porém comum entre os Proto-Indo-Europeus - PIE e caçadores-coletores (cromagnon).

O tipo sanguíneo A é bem característico da Europa e da Anatólia (Turquia a grosso modo), Tendo Portugal uma elevada cifra de tipos sanguíneos A (48%), o Brasil reflete esse quadro com 42% de sua população sendo do tipo A, evidenciando sua forte ascendência europeia, corrobora para esse quadro ainda, um elevado contingente de Rh- entre os brasileiros.



A Influência do Sangue na Saúde:

A 'hemolítica perinatal' ocorre quando da incompatibilidade do sangue da mãe com a do bebê durante a gestação. A mulher humana, é a única fêmea em todo o reino animal que pode apresentar incompatibilidade com sua própria cria. Isso devido ao fator Rh negativo, oque sugere uma origem racial distinta.

Quando uma mulher é Rh negativo e fica grávida com um bebê Rh positivo. Se for sua primeira gravidez, a gestação ocorre bem porque o sangue da mãe, não se mistura com o do bebê durante o período gestacional. Às vezes, no entanto, o sangue do bebê e a da mãe se mistura durante o parto. Daí o sistema imunológico da mãe, começa a montar uma defesa contra as proteínas do sangue Rh positivo.

Quando a mãe engravida pela segunda vez com um bebê de Rh positivo, os riscos são muito maiores. Neste caso, o sistema imunológico da mãe, pode reagir contra a proteína Rh invasora do bebê. Quando isso acontece, o sistema imunitário da mãe ataca as células vermelhas do sangue do bebê, causando a sua ruptura. O bebê se desenvolve de uma forma de anemia hemolítica, o que pode ser fatal.

Para evitar danos ao bebê, a mãe deve tomar injeções de Rh imuno-globulinas. O Rh imunoglobulina é um anticorpo para o fator Rh: e, se algum de sangue do bebé fez o seu caminho para a mãe do sistema, o Rh imunológico-globulina que se liga ao bebê células do sangue. Estes "emprestado" anticorpos irá impedir que a mãe do sistema imunológico a produzir sua própria.

Se uma mãe demonstra altos níveis de anticorpos Rh em seu sistema sanguíneo, o bebê é cuidadosamente monitorado. Se o recém-nascido mostra sinais de desconforto, um procedimento conhecido como transfusão de troca, às vezes, é realizada para encher a criança de fornecimento de sangue.

No que toca aos grupos sanguíneos, em 2001, o cirurgião vascular Francisco José Osse, brasileiro, atual diretor do Centro Endovascular de São Paulo, foi para a Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, estudar a trombose venosa, em que um coágulo entope uma veia, causando inchaço, feridas e dificuldades de movimentação nas pernas. Um dia, no ambulatório da faculdade em que realizava o estudo, o brasileiro se deparou com seis pacientes acometidos pelo problema. “Por curiosidade, perguntei ao primeiro qual seu tipo de sangue. Ele disse A+. Eu me encaminhei ao segundo e a resposta foi igual. Quando o terceiro falou a mesma coisa, desconfiei que aquilo não era apenas coincidência”.

Desde então Francisco José Osse, aprofundou os estudos e os dados indicam que o tipo de sangue A+ esta relacionado a um maior numero de quadros severos de trombose venosa. O motivo é que: “Portadores do A+ tendem a possuir índices elevados de fator VIII, uma molécula coagulante”. Esse tipo de coágulo também poderia bloquear uma artéria que irriga o coração. “Por isso acredito que detentores de A+ também sofrem com uma maior suscetibilidade de se tornarem vítimas de um infarto”.

Outros estudos, correlacionados, desde a década de 50, como por exemplo o do epidemiologista sueco Gustav Edgren, do Instituto Karolinska, na Suécia, após investigar 1 milhão de doadores, sugere que o tipo sanguíneo A esta relacionado no aparecimento de cânceres gástricos.

A bióloga Lilian Castilho acrescenta: “Existe um vínculo entre o H. pylori e o surgimento de úlceras que propiciam tumores gastrointestinais. E há evidências de que o tipo O está mais sujeito a infecções por essa bactéria”.

Lilian ainda explica que o sangue tipo 'A', 'B' e o 'AB' possuem moléculas específicas na superfície de suas células. “E determinados parasitas se ligam a essas estruturas. É o caso do protozoário deflagrador da malária“, daí os indivíduos de sangue tipo 'O', que não possui esses ancoradouros, ofereceria maior proteção contra a malária. Contudo, por alguma razão, o tipo 'O' é vulnerável à invasão do micro-organismo que causa cólera e à do norovírus, incitador de gastroenterites.

Uma pesquisa recente realizada por pesquisadores da Universidade de Sheffiel, na Ingaterra, e publicada no Boletim de Pesquisas Cerebrais, revelou que o tipo sanguíneo pode influenciar no desenvolvimento de doenças cognitivas, como o Mal de Alzheimer. A pesquisa aponta uma relação entre a quantidade de massa cinzenta (um tecido que forma parte do cérebro) e o tipo sanguíneo. Pessoas do tipo O têm mais matéria cinzenta do que qualquer um dos outros três tipos (A, B e AB). Segundo os pesquisadores, quanto maior o volume de massa cinzenta, maior é a proteção do corpo contra doenças como o Alzheimer. As pessoas com sangue tipo A, B e AB têm menos matéria cinzenta na parte posterior do cerebelo do que aquelas com sangue tipo O. “Os resultados parecem indicar que pessoas que têm sangue tipo O estão mais protegidas contra doenças em que a redução volumétrica é vista em regiões temporal e mediotemporal do cérebro, como o Alzheimer”, segundo o pesquisador Matteo DeMarco. O volume da matéria cinzenta diminui com o envelhecimento. Algumas das primeiras partes do cérebro que são danificadas pelo Alzheimer são as “temporais e límbicas”. Essas são áreas atrás do cérebro. A pesquisa constatou que elas são menores em pessoas com tipos sanguíneos A, B e AB.¹


A Influência do Sangue na Alimentação:

O tipo 'O' deve ter uma alimentação mais rico em proteínas.
É carnívoro
Tem aparelho digestivo forte
Sistema imunológico super ativo
Intolerância a adaptações dietéticas e ambientais
Reage melhor ao stress com intensa atividade física
Requer um metabolismo eficiente para permanecer magro e vigoroso.
Neste grupo, mais que em qualquer outro, devem ser evitados todos os cereais, as leguminosas e os produtos lácteos.
Este grupo necessita de proteínas. Devem ser preferidos a vaca, carneiro ou borrego,  todos os peixes e mariscos.
A carne de porco e charcutarias são interditos.
De entre os cereais o trigo deve ser completamente eliminado, mas podem ser aceites, com uso reduzido, o centeio, o sarraceno, o arroz., a quinoa.
Recomenda-se o uso de azeite, que é excelente. Não são aceites o óleo de milho nem de amendoin.
Recomenda-se o uso de legumes e frutos, mas são de evitar os frutos muito acidificantes.
Favorecem o ganho de peso: trigo, milho, feijão e couves.

Os de tipo 'A' em vegetais, devendo evitar produtos lácteos e excesso de proteínas.

A dieta para o Tipo A
As pessoas de sangue Tipo A se dão bem com dietas vegetarianas, herança de seus ancestrais agricultores. O Tipo A, deve achar que é uma mudança muito grande passar de sua alimentação à base de carne e batata para proteínas de soja, cereais e hortaliças. Do mesmo modo, deve achar difícil eliminar alimentos exces­sivamente processados e refinados, uma vez que nossas dietas civilizadas são cada vez mais compostas de toxinas acondicionadas em belas embalagens. Contudo, é muito importante que as pessoas de Tipo A consumam seus alimentos em estado o mais natural possível: frescos, puros e orgânicos.
Nunca é demais enfatizar como esse cuidado é importante para o sensível sistema imunológico dos organismos de Tipo A. As pessoas de Tipo A são biologicamente predispostas para diabetes, câncer e do­enças do coração. Em outras palavras, esses são seus fatores de risco. Não preci­sam, porém, ser seu destino. Se você seguir essa dieta, fortalecerá seu sistema imunológico e poderá interromper o desenvolvimento de doenças mortais. Um aspecto positivo de sua herança genética é sua habilidade para utilizar o melhor que a natureza tem para oferecer. Seu desafio será reaprender o que seu sangue já sabe. 
O fator de perda de peso
Você vai emagrecer naturalmente com a Dieta Tipo A. Se você está acostuma­do a comer carne, perderá peso ainda mais rapidamente no começo quando elimi­nar os alimentos tóxicos de sua dieta.
De muitas formas, o Tipo A é exatamente o oposto do Tipo O no que se refere ao metabolismo. Enquanto no Tipo O os alimentos de origem animal aceleram o ritmo do metabolismo e o tornam mais eficiente, no Tipo A eles produzem um efeito muito diferente. Talvez você já tenha notado que, quando come carne ver­melha, sente-se indolente e menos energizado que quando come proteínas vege­tais. Algumas pessoas do Tipo A sofrem retenção de líquido quando seu aparelho digestivo processa lentamente alimentos pesados. As de Tipo O consomem sua carne como combustível; as de Tipo A no final armazenam sua carne como gordu­ra. A razão para a diferença está no ácido estomacal. Enquanto os organismos de Tipo O têm alto nível de acidez no estômago, o que facilita a digestão da carne, os de Tipo A têm baixo nível de acidez estomacal – uma adaptação de seus ancestrais que sobreviveram com uma dieta vegetariana.
Os laticínios são também de difícil digestão para os de Tipo A e provocam reações insulínicas – outro fator dc diminuição do ritmo metabólico. Alem disso, os laticínios são ricos em gorduras saturadas, o tipo que compromete o coração e leva à obesidade e ao diabetes.
O trigo é um fator misto na Dieta Tipo A. Embora os de Tipo A possam comer trigo, devem tomar cuidado para não comê-lo em demasia, do contrário seu tecido muscular vai tornar-se excessivamente ácido. À diferença das pessoas de Tipo O, que se dão bem com um tecido ligeiramente ácido, as de Tipo A não podem utili­zar a energia tão rapidamente e o metabolismo das calorias é inibido. Essa reação
alimentar em particular é um bom exemplo de como diferentes alimentos reagem de diferentes modos de acordo com seu tipo sangüíneo. O trigo é alcalino nos organismos de Tipo O e ácido nos de Tipo A.
Além de comer uma ampla variedade de cereais e hortaliças saudáveis, po­bres em gordura e balanceados, as pessoas de Tipo A devem dar preferência a certos alimentos por seus efeitos benéficos e medicinais.

O tipo AB:


Tipo B: Nômade. Descendentes dos primeiros nômades são os únicos a tolerar bem os laticínios.
É equilibrado
Sistema imunológico forte
Sistema digestivo tolerante
Opções dietéticas mais flexíveis
Consumidor de lacticínios
Reage melhor ao stress com criatividade
Requer um equilíbrio entre a atividade física e mental para permanecer magro e forte
Algumas pessoas deste grupo podem tolerar bem o trigo, mas será com vantagem substituído por arroz e espelta. Pode comer aveia mas deve evitar o centeio e o sarraceno.
São alimentos muito benéficos para este tipo sanguíneo o cordeiro, carneiro, coelho, quase todos os peixes, leite de cabra, arroz, azeite, e chá verde.
Devem evitar o tomate, milho, abacate e alcachofras.


A Personalidade segundo os grupos sanguíneos:

Em 1972, um japonês professor de psicologia, Furukawa Takeji, notou diferenças no temperamento dos alunos. Foi a partir daí que os japoneses começaram a dar maior importância aos grupos sanguíneos.

No Japão o tipo sanguíneo é questionado em entrevistas de emprego. Há, inclusive, empresas japonesas que investem quantias significativas para criar um determinado produto, desde refrigerantes a calendários, tendo em conta as características sanguíneas e as preferências dos potenciais clientes.

A personalidade, segundo o especialista em gestão comportamental Sergio Ricardo aponta que: “O grupo B é resiliente. O AB, carismático. Já o O tende a ser dominante, enquanto o A é sensível”.

Tipo A: pessoas tranquilas, sérias e com bom temperamento. Têm caráter forte, são de confiança e chegam a ser teimosas. Também são tímidas, introvertidas e falsas, mas, ao mesmo tempo, são leais aos amigos. Tentam esconder as emoções para se mostrarem mais fortes, enquanto, interiormente, são frágeis e um pouco nervosas. Possuem um dom artístico e quando colocadas numa posição de poder tornam-se arrogantes e rebeldes.

Tipo B: curiosas, atenciosas e fazem de tudo para proteger os interesses das pessoas que as rodeiam. Animam-se facilmente, mas perdem o interesse com rapidez. Identificam claramente as próprias prioridades e, muitas vezes, tornam-se egocêntricas. Têm espírito independente e personalidade forte. São apaixonadas, curiosas, sensíveis e imprevisíveis.

Tipo AB: imprevisíveis e distantes. Com uma combinação de dois tipos de sangue, muitas vezes, têm dupla personalidade: uma para aqueles que são mais próximos e outra para os que não o são. Têm muitos amigos, mas, às vezes, afastam-se para estarem sozinhas e refletirem. São criativas, racionais e atenciosas. Mas também são temperamentais, se ofendem facilmente. Podem ser muito extrovertidos e tímidos ao mesmo tempo.

Tipo O: seriam expressivos, criativos e confiantes. Capazes de liderar e motivar. São generosos, contribuindo para o bem-estar dos outros. Atletas naturais, procuram obsessivamente a vitória. São sociáveis, persistentes e confiáveis, mas não aceitam os próprios erros. São populares e gostam de ser o centro das atenções. Às vezes, revelam-se ingênuos, frios, rancorosos e imprevisíveis.


O Sangue dos Brasileiros

As estatísticas apontam uma variação entre 36% à 42% de brasileiros do tipo sanguíneo A; entre 9 à 10% do tipo B; 3,5% à 4% de AB; e 40 à 52% do Tipo O.

Tendo portanto os brasileiros majoritariamente sangue do tipo A+ (36%) e do tipo O+ (37%).

Expressivo também é quantidade de Rh negativo, que varia entre 16 à 18%. Dos quais, dentro da margem de 16%: 7% é O-, 1% AB-, 2% B-, 6% A-.Uma das maiores do mundo.

No CNDS - Cadastro Nacional de Doadores de Sangue, a freqüência dos tipos sanguíneos presentes em seu banco são:

Rh-
Rh+
O-
11,39%
0+
39,68%
A-
4,9%
A+
28,73%
B-
1,6%
B+
9,68%
AB-
0,72%
AB+
3,20%
18,61%
81,39%
  Fonte: CNDS - Cadastro Nacional de Doadores de Sangue, 2019.
Esses dados demonstram uma contribuição europeia majoritária entre os brasileiros, pois o sangue do tipo A como o fator Rh negativo são quase exclusivamente de origem europeia.





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domingo, 23 de outubro de 2016

Nacionalidade e Nacionalismo.

"Um Estado gigante, um verdadeiro continente,
uma nação-continente!"

Pierre Deffontaines,
proeminente geográfo francês
ao se referir ao Brasil.


Ante o deturpamento generalizado do conceito de nacionalidade, devemos nos ater ao conceito de nação e por desiderato de nacionalismo.

Nação como denuncia a própria terminologia significa “nascidos de...”, oque compreende uma ascendência comum. Nem precisaríamos recorrer ao termino grego “genos”, que também remete a uma ancestralidade comum.  

Na Gália, Júlio César reporta, que todos os gauleses afirmavam descender de Dis PaterOs irlandeses guardaram essa tradição mítica e referiam à Galiza, como o berço do qual descendiam. Cria-se que Breogan era o avô-divino da teuta.

Para os celtas, mesmo os filhos adotivos, não provindos diretamente dos laços matrimoniais, eram tidos como parte da teuta(nação), por possuírem essa descendência comum.

No atual hino da Galiza, seu autor, Pondal, alude a Breogan como mítico progenitor de todos os galaicos. A "nação de Breogan", de todos aqueles com ascendencia em Breogan, e por conseguinte, galaicos, seriam todos os seus descendentes. 

De modo que, o conceito de "nação", remete a uma descendência comum de algum personagem mítico, ou sanguíneo (o genitor)". Na antiguidade a transmissão cultural: valores, crenças, línguas, etc.... estavam intrinsecamente interligados a descendência, porque assim se operava a transmissão cultural, de forma orgânica. Mesmo povos eventualmente submetidos, tendiam a se integrarem e assim eram absorvidos.

De sorte que o deturpamento ideológico atual, de “nacionalismo” no Séc. XX, é flagrante, em completo desalinho com sua concepção original. Especialmente na idéia difundida da equiparação do conceito de “nação” a um padrão racial. Oque são coisas distintas.

Por “raça” se compreende um padrão homogêneo de caracteres físicos de um agrupamento humano. Quando a antropologia passou a se debruçar com mais vigor sobre o assunto, vários estudiosos da época, já apontavam que os grupos raciais humanos, em especial os da Europa, já se encontravam amplamente misturados.

Então se levarmos em conta a “raça” como equivalente a um elemento definidor da nacionalidade, para efeito de lógica, mesmo recuando no tempo e no espaço, no início das formações nacionais da Europa. NENHUM! Nenhum país atualmente subsistiria como entidade nacional. O caso da Alemanha é sintomático, a Baviera, de raça alpina(majoritariamente, havendo outros elementos presentes), contraposta ao norte saxão. Sem levar em conta as profundas diferenças culturais de credo e língua, completamente antagônicos. De mencionar ainda o berço da “nacionalidade alemã” com a antiga Prússia, báltica, sem qualquer ligação com os germanos. Falamos da Alemanha apenas por uma questão simbólica, de sempre mencionarem-na como exemplo de um corpo nacional. Itália, França, Inglaterra, Espanha, Rússia, etc.... são casos ainda mais gritantes.

Reiteramos que a definição da nacionalidade não se liga a um padrão racial homogêneo, que é um deturpamento ideológico surgido em fins do Séc. XIX. Mas sim, a uma origem comum, consanguínea. Oque não necessariamente resulta em um padrão racial.

É bem possível, e natural, que um agrupamento humano, estabilizado, que não sofra influxos externos, venha constituir com o tempo, e de forma orgânica, um padrão racial homogêneo. Sendo isso conseqüência e não fator original de sua unidade. 

Contudo, não basta a consanguinidade. O fator decisivo para configuração de uma nacionalidade reside na sua unidade política, Assim pois, se explica as diversas tribos celtas, nunca terem constituído uma nação, pois careceram de unidade política, que lhes conferissem esse status quo.E no que pese, antes dominarem praticamente toda Europa continental, todas caíram sob julgo de outros povos, com exceção de Portugal, que se constituiu como nação, e veio a ser o único país de orígem celta com soberania. A Irlanda, só recentemente consegue ascender a soberania e mesmo assim, não conserva seu nome de orígem "Eire", tomará o nome dado por seus algozes ingleses "Ireland". Eslavos, germanos, helenos.... são todos povos que dispõe de uma orígem comum, mas se encontram pulverizados em diversas nações, isso porque reiteramos, o fator decisivo para a nacionalidade reside na unidade política. 

Alguns autores, falam da necessidade de haver consciência da nacionalidade. Somos de acordo, apenas ponderamos que essa "consciência" se materializa mediante uma unidade política. 

Finalmente aplicando esses conceitos aos brasileiros, vemos de forma muito evidente como os brasileiros constituem uma nacionalidade mais do que de quantas haja na Europa ou no resto do planeta. A primeira formação nacional das Américas! Anterior a imensa maioria das atuais formações nacionais europeias.

Todos os brasileiros, praticamente em sua esmagadora maioria, tem como ancestralidade comum aquela proto-célula luso-tupi que lhes deu a base da nacionalidade. Um Estado próprio, um território próprio, uma unidade política incomum para um país de proporção continental, que nem Rússia, nem EUA, nem tampouco Canadá detém. 

Este Estado do Brasil que desde o Séc. XVI é visto como unidade política, com armas e brasões próprios. Mesmo a política mesquinha da Metrópole quando tenta bipartir o Brasil em dois, o Estado do Maranhão, todo aquele norte, com o Brasil ao sul, não passam de atos infecundos, porque a unidade do Brasil já estava feita e a vida nacional segue normalmente. 

As levas de imigrantes despejadas no Brasil, ao contrário do que sucedeu nos EUA, Argentina e Uruguai, nunca suplantaram a população original, a ponto de se dizer na Argentina, que os seus descendentes dos heróis de 17, foram substituídos por gente outra estranha a sua história. No Brasil não, o contingente imigratório sempre foi ínfimo ao da população original. De se assinalar, que mesmo esse baixo contingente, logo em sua primeira geração se liga aos nacionais. No caso da imigração italiana, a segunda mais numerosa, 70% de italianos imigrados, em sua primeira geração, casam-se com brasileiras e 40% das italianas com brasileiros.  

A ressaltar que o maior corpo imigratório para o Brasil, de longe, foi o português, vindo depois italianos e em terceiros "espanhóis" sendo 80% desses galegos, daí a imigração espanhola ter passado tão desapercebida. Contingentes alemães, japoneses tão insistentemente repetidos pela boca de alguns, foram agrupamentos insignificantes. Basta comparar os números dos 3 maiores grupos imigrantes no Brasil (portugueses, italianos e espanhóis) aos dos EUA (15 milhões), para mensurar o quão ínfimo foram os corpos imigratórios para o Brasil. Mesmo somente a imigração italiana para a Argentina (três milhões) foi muitíssimo maior do que a ocorrida no Brasil. Ainda, a guisa de comparação, a imigração espanhola na Argentina foi de 1.38 milhões, contra 700 mil no Brasil (3ª maior). Contabilizando outros contingentes imigratórios, a Argentina totalizou 7 milhões de imigrantes, contra um total de 4.1 milhões no Brasil. A considerar, ainda, que o Brasil tinha, à época, uma população maior do que a Argentina.

Posição
Nacionalidade
Período Principal
Quantidade Estimada
1
Portugueses
1822-1960
~1,5 milhão
2
Italianos
1870-1930
~1,4 milhão
3
Espanhóis
1880-1950
~700 mil
4
Alemães
1824-1940
~200 mil
5
Japoneses
1908-1940
~190 mil
6
Franceses
1820-1930
~150 mil

Em suma, tudo isso apenas para ficar evidente que não houve impacto populacional na recente imigração para o Brasil. 

De mencionar ainda que alguém que analise a distribuição humana no Brasil, notará que determinadas faixas apresentam um maior ou menor grau de determinado biotipos humanos. A Faixa litorânea, que se estende de Pernambuco ao Vale do Paraíba em São Paulo, apresentará um maior número de biotipos mulatos, isso porque era zona canavieira, aonde se empregou mais amplamente o trabalho escravo. Oque não desnatura serem populações com mesma origem luso-tupi presentes em todo o território nacional, apenas variando em seu maior ou menor grau com outros contingentes. 

Tudo isso já foi amplamente dito e repetido por historiadores e antropólogos brasileiros e comprovado geneticamente. Sérgio Penna, geneticista, e profº da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais, após realizar amplos estudos genéticos na população brasileira constatou que os brasileiros de diferentes regiões são geneticamente muito mais homogêneos do que se esperava. Segundo o geneticista Sérgio Pena:

“Pelos critérios de cor e raça até hoje usados no censo, tínhamos a visão do Brasil como um mosaico heterogêneo, como se o Sul e o Norte abrigassem dois povos diferentes. O estudo vem mostrar que o Brasil é um país muito mais  integrado do que pensávamos.”.


Ver também:

01. O Castilhismo como Materialização do Período dos "Cinco Bons Imperadores".
17. Uma Grécia nas Ribeiras do Atlântico Sul.