A intervenção do
Estado por meio de empresas estatais na economia foi uma inovação castilhista,
empregada no curso do governo de Borges de Medeiros no Rio Grande do Sul,
tornando o Estado Empresário, promotor da atividade econômica. O Estado não só
regula a economia como atua diretamente em seus setores considerados
estratégicos, essenciais, tanto para atividade econômica bem como para promoção
do bem estar dos seus cidadãos naqueels serviços considerados essenciais. Esse
modelo será continuado a nível nacional por Getúlio Vargas quando de sua
ascenção ao poder na Revolução de 30. Tornando o Intervencionismo Direto do
Estado na economia por meio de estatais bem como a regulação da economia
pilares basilares do modelo de Estado Castilhista.
É o caso da
"distribuição de energia", "fornecimento e tratamento de águas e
esgotos", telefonia fixa, etc.... que além de serem serviços essenciais, devendo serem prestados diretamente pelo Estado sem finalidade de
lucro, constituem "monopólios naturais", aonde não há possibilidade
de concorrência. Afinal, no caso da distribuidoras de energia a guisa de exemplo, como
seria a distribuição? Cada "distribuidor" teria sua substação, sua
fiação, seus postes, sua voltagem específica? É inviável.
Outra
característica dos monopólios naturais é a necessidade de uma alta escala de
demanda pelo serviço, ou seja, um número relativamente alto de consumidores,
sem o qual o custo de fornecimento do serviço se torna inviável economicamente.
Os monopólios naturais são conforme conceituação de JOHNSON B.B.:
"Os serviços de utilidade pública que interferem com o uso efetivo das áreas urbanas, em que a concorrência não permite estabelecer tarifas que remunerem os investimentos necessários à expansão dos sistemas e porque a existência de mais de uma empresa as leva a incorrer em custos médios superiores aos de um monopolista. O efeito conhecido como economia de escala, no qual a redução dos custos pela aumento da escala de produção, permite a prestação do serviço com tarifas mais baixas do que em regime de concorrência."
No que toca a importância política da
atuação na economia pelo Estado nos setores estratégicos via estatais, se
insere nos setores vitais da economia. Assim é que: Produção e distribuição de
energia; Telecomunicações; extração de minérios de relevante valor econômico;
Serviço Postal; Energia Nuclear; Setor Aeroespacial.... Todos esses são áreas
estratégicas, sem o qual acarreta prejuízos ao desenvolvimento nacional,
dependência externa e uma conseqüente perda de soberania com a transferência do
poder econômico para o exterior, implicando ainda na deficiência tecnológica o
que agrava o quadro de dependência, relegando o País ao subdesenvolvimento.
Finalmente, importa destacar que a internacionalização dos setores vitais da economia brasileira vem resultando na restrição dos espaços geo-econômicos mais importantes para as empresas de capital brasileiro e para o próprio Estado-Nação. A perda desses espaços implica, inevitavelmente, na transferência do poder de decisão para além fronteiras do País (decisão de investir, quanto, onde, com que tecnologia etc.) e no futuro acarretará sérios problemas geopolíticos, como consequência do esvaziamento da soberania nacional.
Finalmente, importa destacar que a internacionalização dos setores vitais da economia brasileira vem resultando na restrição dos espaços geo-econômicos mais importantes para as empresas de capital brasileiro e para o próprio Estado-Nação. A perda desses espaços implica, inevitavelmente, na transferência do poder de decisão para além fronteiras do País (decisão de investir, quanto, onde, com que tecnologia etc.) e no futuro acarretará sérios problemas geopolíticos, como consequência do esvaziamento da soberania nacional.