sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Uniformes Históricos Nacionalistas Brasileiros

Trata-se de uma coletânea de uniformes históricos de movimentos com caráter nacionalista e não um apanhado histórico de todos os uniformes militares.

Sertanista
A indumentária bandeirante ou sertanista como lhe era mais próprio chamar à época, não se trata de um uniforme propriamente, mas de um modo de vestir dos que se internavam nos sertões. Embora difamados, a heróica ação dos bandeirantes tinham intuitos patrióticos. O padre Francisco das Chagas Lima, referindo-se ao descobrimento dos Campos de Guarapuava, que ficam na região do Paraná, registrou-a nos termos de defesa nacional.

Todas essas expedições se ligam a essa tradição, de que já nos fala a ata da Câmara de São Paulo, de 2 de outubro de 1627, quando inclui o aviso enviado à metrópole — acerca dos “espanhóis de Vila Rica que vinham dentro das terras da coroa de Portugal...”. E Paulo Prado destaca os motivos irrecusáveis, que motivaram as ações bandeirantes contra os espanhol, o ardor guerreiro e o velho ódio ao espanhol.

É a tradição a que se repetia na boca de Lopo de Saldanha. Homem de Estado, feito no segredo da realidade, ele bem conhecia a verdade da ação política dos paulistas, a de defesa daquelas terras, que os paulistas con­sideravam toda aquela região, até o Paraguai, pertencente a Portugal.

Patriota
Insurreito
 Nas Guerras Holandesas, pela primeira vez na História do Brasil, os brasileiros fizeram valer seus interesses sobre os interesses imediatos da Metrópole. Contrariando as ordens da Coroa para deporem armas, os brasileiros fizeram a guerra sem quartel ao invasor holandês. é célebre a reposta de André vidal de Negreiros ao emissário de Lisboa: " - antes, expulsaremos os invasores de nossa terra, depois irei a Portugal, receber o castigo pela desobediência.".






Dragão do
Rio Grande
Em 1777 com a invasão da Espanha sobre Olivença em Portugal, surgiu o pretexto para os brasileiros recobrarem o território do oeste do Rio Grande de São Pedro que lhes havia sido tomado pelo Tratado de Santo Ildefonso. Sozinhos, sem qualquer auxílio da metrópole, fizeram guerra aos castelhanos, fincando as fronteiras do sul do Brasil. Corpos de voluntários dos atuais Estados de Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e especialmente paulistas marcharam para o sul e tendo a frente Rafael Pinto Bandeira, O Centauro dos Pampas, realizou feitos que se tornaram lendas e até hoje são lembrados como um tempo heróico gravado no tempo.




O Batalhão dos Voluntários do Príncipe, criado pelo avô de Castro Alves, José Joaquim de Lima e Silva, desdenhosamente alcunhados de "Batalhão dos Periquitos" pelos portugueses, devido aos detalhes verdes e amarelos dos punhos e golas. Foi criado no curso da Guerra de Independência. Portugal, tencionava manter todo o norte, incluso a Bahia, sob controle da Metrópole. Os brasileiros então formaram uma Junta Militar constituída por voluntários que acudiam de toda parte e deram inicio as ações militares contra os portugueses. Maria Quitéria que virá ser um das heroínas, incorporou-se no Batalhão dos Voluntários.
A proclamação da República, ocasionou em movimentos reacionários por parte dos liberais monarquistas. Foi em defesa da República e de uma ideologia pela primeira vez conscientemente nacionalista (no sentido de um programa político) que se levantaram corpos de voluntários em torno de Floriano Peixoto. Ao sul, Júlio de Castilhos enfrenta uma guerra ainda mais cruenta contra os liberais. É nesse período que surgem o uso dos lenços como indicadores das facções no Rio Grande do Sul: encarnado pelos liberais chamados "maragatos", e o uso de lenços brancos pelos "Castilhistas", embora não tão disseminado pelas tropas castilhistas posto usarem uniformes.

Com a Revolução de 30, volta a esfera nacional a ideologia nacionalista. As tropas riograndense tomam a frente, juntamente com as da Paraiba e Minas Gerais e a medida que avançam recebem apoio de todos os recantos do País e mesmo do seio das forças armadas. Os revolucionários riograndenses faziam uso dos uniformes usados pela Brigada Militar, instituída por Júlio de Castilhos, chamada popularmente de "papo roxo" pela cor da gola ser dessa cor inicialmente quando de sua criação em 1892. No curso da Revolução de 30, o uniforme tinha um tom caqui, com muitos revolucionários usando lenços vermelhos e outros brancos. Getúlio havia conseguido por fim as divergências políticas entre maragatos e Castilhistas e os uniu para lograr a Revolução de 30, e como símbolo dessa união, ele, Getúlio, um castilhista, fez uso de um lenço encarnado.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Brasilia Australis

http://ressurreicaonacionalista.blogspot.com.br/2012/03/brasilie-regio-brasilia-inferior.htmlBRASILIE REGIO, BRASILIA INFERIOR, BRASILIA AVSTRALIS – Os Nomes do Continente Antártico nos Mapas Antigos.  

Um primeiro mapa de 1515, de autoria de Johannes Schöner, astrônomo e geográfo de Nuremberg, registra pela primeira vez a grafia do atual continente “Antártico” como “BRASILIE REGIO”.

 

 

http://ressurreicaonacionalista.blogspot.com.br/2012/02/antartica-descoberta-portuguesa.html

 A Descoberta da Antártica Pela Coroa Portuguesa. 

Anotações que aparecem nos mapas do século XVI, mostram que navegadores portugueses teriam sidos os primeiros a chegar na Antártica.

 

 

 

O Brasil é o sétimo país mais próximo da Antártica, um continente que se revela altamente estratégico, com um território riquíssimo em jazidas minerais, uma localização que dar acesso a 3 oceanos com rotas obrigatórias de passagem, sendo ainda uma base privilegiada para o lançamento de mísseis nucleares com alcance a 4 continentes. É imperioso que o Brasil volte atenção aos seus legítimos Direitos sobre sua porção Antártica.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

O Mito de Iurupari



Conta um antigo mito Tupi que quando a terra se encontrava sob o caos, governada pelas mulheres. Guaracy, o Deus Sol, enviou seu filho Iurupari, o legislador, para restabelecer a ordem das coisas. Concebido por uma virgem fecundada pelo sumo da Cucura (uma fruta reservada somente aos homens), Iurupari desapareceu ao nascer e tornou 15 anos depois. Forte e de aparência bela, Iurupari se fez chefe e transferiu o poder para os homens. Para que aprendessem a serem independentes delas, instituiu grandes festas em que só eles podiam tomar parte, e segredos que só por eles deviam ser conhecidos. As mulheres que fraudassem tais regras deviam morrer. E, em obediência desta lei, morreu Ceuci, a própria mãe do legislador. Os homens somente são iniciados nos seus segredos depois de sofrerem, desde a puberdade, um rigoroso treinamento e atingirem a idade em que se sentem plenamente seguros e fortes para resistir a qualquer sedução que lhes queira arrebatar os segredos. Iurupari instituiu 8(oito) mandamentos: 

1º A mulher deverá conservar-se virgem até a puberdade;
2º Nunca deverá prostituir-se e há de ser sempre fiel ao seu marido;
3º Após o parto da mulher, deverá o marido abster-se de todo trabalho e de toda comida, pelo espaço de uma lua, a fim de que a força dessa lua passe para a criança;
4º O chefe fraco será substituído pelo mais valente da tribo;
5º O tuxaua poderá ter tantas mulheres quantas puder sustentar;
6º A mulher estéril do tuxaua será abandonada e desprezada;
7º O homem deverá sustentar-se com o trabalho de suas mãos;
8º Nunca a mulher poderá ver Jurupari a fim de castigá-la de algum dos três defeitos nela dominantes: incontinência, curiosidade e facilidade em revelar segredos.

É sobre o oitavo mandamento, que se apresenta como desfecho a aventura humana de Iurupari, a missão que lhe fora atribuída pelo Sol: o de procurar a mulher perfeita, que não tivesse nenhum daqueles defeitos.

A ação de Iurupari se passa num tempo mítico, anterior ao que possa ser admitido como História, mas sem que esta possa negá-lo de todo. Uma peste dizima os homens da tribo, deixando apenas alguns velhos, entre eles um pajé, que, para Naruna, a matriarca, era apenas “uma raiz, uma planta antiga”. Desoladas, as mulheres vão banhar-se no lago Muypá, que lhes era proibido, por ser o lago sagrado onde Ceucy, a estrela, banhava-se todos os dias, “lavando o suor de seus amantes”. Para surpresa das mulheres, o velho pajé lhes aparece no corpo de um jovem belo e forte, anunciando um castigo por haverem ignorado a interdição: “pelo crime cometido, a geração que nascerá amanhã excluirá a mulher para sempre de tudo o que for sério e grave”. Ele mergulha no lago e desaparece entre as mulheres. Depois de passadas dez luas, “todas as mulheres pariram ao mesmo tempo”. Naruna deu à luz uma menina, a quem chamou Ceucy da Terra.

Adolescente, Ceucy, ainda virgem, come uma fruta proibida e o sumo dessa fruta escorre-lhe pelo ventre, fecundando-a. Dez luas passadas, nasce Iurupari. O recém-nascido desaparece como por encanto e seu choro é ouvido próximo à árvore do fruto proibido. Ceucy deixa-se ficar junto à árvore e, durante algum tempo, sempre que adormece, sente o filho sugar-lhe o seio. Vinte anos decorrem até que ele reapareça para assumir o lugar que lhe fora reservado. Aos poucos, sua liderança vai sendo imposta aos homens, a quem fala sobre a música, a agricultura do milho, da mandioca da banana, e sobre o novo tempo em que eles assumirão os destinos da tribo. Essas informações devem pertencer somente aos homens: são os segredos de Iurupari. Numa das reuniões proibidas às mulheres, Ceucy, que ouvia escondida, é descoberta e recebe o castigo de morte do próprio filho. Naruna foge com as outras mulheres para o “lago de águas verdes”, recebendo os homens uma vez por ano.

Mas Naruna não desiste de conhecer os segredos de Iurupari, que só os iniciados dominam. Este, por sua vez, aplaca a tensão dos homens prometendo que dentro em breve as mulheres voltarão. A jovem Diádue, a serviço de Naruna, consegue seduzir o maduro e experiente Uálri, que é condenado a morrer pela traição. O “segredo” revelado às mulheres é o conhecimento erótico de Uálri: “ele agiu com uma sabedoria nova e não resumiu o amor em poucos gestos”. As mulheres, então, retornam, deixando Naruna e algumas poucas que lhe permaneceram fiéis. Jurupari ensina aos homens acerca das flautas sagradas:
Minhas flautas farão os desejos ondularem como ramagens saudando o tempo, na alta copa da mata, esvaindo todo o travo das frustrações na torrente distante espumando na descida. E os homens crescerão sem medo, como o trêmulo pássaro parado na margem antes do ocaso.

O terceiro ato começa mostrado um outro legado de Iurupari: os adornos. Os homens vão ao encontro anual com as últimas defensoras do matriarcado. Jurupari, pela primeira vez, vai junto. No encontro com Naruna dá-se o inevitável: ele a mata. Quando retornam, ainda sob os reflexos do incêndio que consome a maloca de Naruna, Jurupari e Diádue fazem amor, mas ele a adverte:
Esta será a nossa primeira e última noite. Quando os séculos se consumarem eu voltarei a te encontrar e viveremos juntos. Eu mergulharei em ti e repousarei das minhas fadigas e sustos.

Pela manhã, Diádue transforma-se num lago. Antes, entretanto, Iurupari revelara-lhe um último segredo: o Trovão Avô do Mundo, Tupã, queria casar-se e incumbira-o de encontrar a mulher perfeita. Ele precisava continuar sua busca por uma mulher paciente, que soubesse guardar segredo e não fosse curiosa.


Não foi possível ao embaixador do grande astro encontrar semelhante criatura. Não a encontrou, nem a encontrará jamais. Entretanto, talvez porque lhe não desagrade semelhante missão, continua a busca, sem que se saiba o caminho por onde se tem arriscado nessa esforçada e inútil tentativa. Só regressará ao céu no dia em que a tiver encontrado e puder corresponder à confiança nele depositada. Enquanto isso não acontece, desenvolve sua atividade noutro sentido, o permanente treinamento de suas condutas.