Ozíres Silva, O Anjo Guardião do Brasil.
Em meados de 2010, diante do crescente favoritismo do
Rafale(francês) e do F18(estadunidense), tendo inclusive o então Presidente
Lula anunciado, extra-oficialmente, o caça francês como preferido. Um comitê de
empresas brasileiras tendo a frente um
mito da indústria aeronáutica brasileira Ozíres Silva, ex-presidente da EMBRAER
e um dos seus fundadores, apresentaram uma proposta a Saab(suéca) com a Embraer
para que houve-se uma efetiva participação brasileira no projeto e construção de
um futuro caça nacional de sangue caboclo. Cogitou-se na época inclusive na
adoção de um nome nacional para o futuro caça: Tupi, Senna e Silva....
A proposta do comitê de empresas brasileiras junto a Saab
permite que a indústria brasileira consiga efetivamente absorver a transferência tecnológica prometidas, isso
porque somente pelo desenvolvimento de um projeto ainda por fazer permite com
êxito a absorção tecnológica, é oque diz
Frederico Fleury Curado, ex-presidente da EMBRAER, ao fazer referência sobre
uma suposta preferência pelo F-18 segundo a Wikileaks:
“A construção de um caça é um processo difícil e que o único jeito de realmente aprender como construir um avião é desenvolvendo-o desde o início, isto é, através da tentativa e erro é que a Companhia aprende como realmente construir uma aeronave”. - Frederico Fleury Curado.
Isso seria preferível do que comprar o avião francês ou estadunidense
com todos os sistemas já prontos, ressalta Ozires Silva: "o importante é aprendermos a fabricação,
porque daí o dinheiro investido retorna ao país mais cedo ou mais tarde. Ao
fazermos pura e simplesmente a compra lá fora esse dinheiro não volta nunca".
A proposta
de transferência tecnológica de franceses e estadunidenses ao contrário,
tratar-se-i-a de uma pacote pronto e acabado em que não haveria em nenhum momento
a participação da Embraer em seu desenvolvimento. Sem mencionar que os
franceses nunca cumprem o que prometem quando se trata de transferência
tecnológica segundo Ozíres Silva, assim como também a experiência mostra que os
EUA apesar de dizerem que não haveria restrições tecnológicas, as exercem
sempre que lhes convém. (Caso recente dos AMXs brasileiros em que os Ianques
ameaçaram vetar a venda de seus componentes caso fossem vendidos a Venezuela).
A proposta Embraer-Saab segue o mesmo modelo adotado na consecução
do caça AMX. Na ocasião, a EMBRAER desenvolveu cerca de 30% da aeronave, em
conjunto com as italianas Alenia e Aermacchi. Os conhecimentos acumulados com o
processo foram responsáveis por um verdadeiro salto tecnológico na Embraer, que
se capacitou para voos mais altos como o da sua família de E-jets—hoje, o
coração dos negócios da empresa. "A
ideia é seguir a mesma proposta, mas adotando um grau de nacionalização ainda
maior", afirmou um dos representantes da Saab no Brasil.
No caso do Gripen NG, esse percentual de nacionalização
poderia chegar a 40% do desenvolvimento a 80% da fabricação. Averbou-se ainda
na época que no caso da venda ao mercado externo dos aparelhos fabricados no
Brasil, haveria uma divisão. A Embraer ficaria responsável por uma parte dos
países, notadamente na América Latina, onde já possui uma presença forte.
Outras praças, especialmente na Europa, ficariam a cargo da companhia sueca,
pois lá ela é vista como tendo alto potencial de entrada.
A Proposta Vencedora:
Gripen NG, designado pela FAB como F39 |
O vice-presidente executivo da Saab, Lennart Sindahl, também
após o anúncio da escolha pelo Gripen, disse que o Brasil poderá desenvolver
seu caça, ressaltando que: "A
transferência será extensiva. O Brasil vai ganhar a capacidade própria de
desenvolver um caça. Claro que isso tem como base o fato de que o Brasil já tem
uma indústria muito capaz. O que trazemos é um conhecimento específico sobre
caças.”. Isso implica que o Gripen brasileiro poderá ter variações
distintas das ofertadas daquelas para exportação, com especificações voltadas
as nossas necessidades. Um exemplo já confirmado qualquer que fosse o caça
escolhido é que os caças brasileiros serão armados com mísseis A-darter,
desenvolvidos pelo Brasil e a África do Sul.
De modo que, ainda que o Gripen NG não seja no papel o melhor
caça em poderio bélico, teremos a possibilidade de modificá-lo para nossas
necessidades, tornando-o um caça mais capaz do que o atual projeto fornecido e
o mais importante promover sucessivos melhoramentos (“up-grades”) para sua atualização, oque seria algo bastante limitado
nas outras propostas.
Brasil Como Plataforma de Exportação dos Gripens NG
Mais uma vez confirmando a proposta incial de Ozíres Silva, a
estimativa após o anuncio da vitória do Gripen é que 40% do modelo e 80% da
estrutura sejam de fabricação brasileira e que proverá com a reposição de peças
todos os países utilitários do Gripen (África do Sul, Suíça, República Tcheca,
Suécia), lembrando que eventuais exportações para a América do Sul e África o
Brasil deterá direitos intelectuais sobre os componentes aqui fabricados.
A relação Brasil-África do Sul é especialmente importante e
merece uma abordagem sozinha, posto ser estratégica, inserida no contexto dos
BRICS, com uma cooperação militar no desenvolvimento de armamentos e com
atuação conjunta sobre o Atlântico Sul. A adoção de um mesmo caça por ambos os
países nos aproxima muito mais e acena um maior estreitamento militar futuro.
Na década de
50 no governo de Getúlio Vargas, Richard Smith, engenheiro estadunidense do
M.I.T mas que foi um grande colaborador do marechal Casimiro Montenegro,
fundador do ITA, lembrava a nós brasileiros que: “O Brasil não deve adquirir aviões lá fora. Mesmo que esses lhe sejam
oferecidos de graça”.
Isso se deve
ao fato de que com o tempo as peças de reposição seriam tão caras quanto um
avião novo e também por que nós não desenvolveríamos a nossa própria indústria
de aviões.
Não se deve
ceder a tentação do caminho mais fácil, o “Lobby
Elegante” francês gastou centenas de milhares de dólares com membros do
legislativo brasileiro para amaciar o caminho do supersônico Rafale. Ao final
valeu o esforço perseverante de um brasileiro nacionalista, Ozíres Silva, que
tornou possível fazer aviões na Pátria da Aviação esmerado na coragem e no exemplo
do Marechal Casimiro Montenegro Filho que desafiou seus pares, em especial o
também marechal aviador Eduardo Gomes(um dos Golpistas de 64), que não queria a
criação do ITA, e partirmos em fim para o nosso “supersônico caboclo” que já
nascerá com a marca da Embraer, a terceira maior e melhor construtora de aviões
do mundo!
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