Como já foi dito desde o início da Revolução de 30, o exército se dividia em diversas facções: comunistas, nazifascistas, liberais-conservadores e “getulistas” (alicerçados nas tropas gaúchas, somado a alguns positivistas espalhados pelo Brasil). Com a contra-revolução de 32, Getúlio perdeu sua principal base de apoio ao romper com Flores da Cunha, então governador do Rio Grande do Sul. A partir de então Getúlio fica a mercê do exército. E é do exército, especialmente da ála nazi-fascista, das forças armadas, que partirão as violações a prisioneiros políticos, torturas, prisões arbitrárias, etc.... capitaniadas pela besta-humana do Filinto Müller(anti-varguista histórico).
Daí dizer Hélio Silva, reputado o maior historiador do período Republicano:
".... A revolta vermelha de 1935 vai mostrar o golpe de Estado de 10 de novembro de 1937, que foi feito pelos militares, embora Vargas apareça como seu principal personagem e beneficiário, porque são os militares que assumem, de fato, a função de árbitro e estabilizador, que farão sentir sempre que julgarem ameaçado o sistema existente."
O Plano COHEN segundo Góes Monteiro(um dos articulares na deposição de Vargas em 45) fora entregue pelo capitão Olímpio Mourão Filho, então chefe do serviço secreto da Ação Integralista Brasileira (AIB). Mourão Filho, admitiu que elaborara o documento, afirmando porém tratar-se de uma simulação de insurreição comunista para ser utilizada estritamente no âmbito interno da AIB. Ainda segundo Mourão, Góes Monteiro, que havia tido acesso ao documento através do general Álvaro Mariante, havia-se dele apropriado indevidamente. Mourão justificou seu silêncio diante da fraude em virtude da disciplina militar a que estava obrigado. Já o líder maior da AIB, Plínio Salgado, que participara ativamente dos preparativos do golpe de 1937 e afirmaria mais tarde que não denunciou a fraude pelo receio de desmoralizar as Forças Armadas.
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