segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Presidente Vargas, o Arquétipo do Rei Nobre e Justo, Garantidor da Soberania da Pátria


Na mitologia celto-galaica, do norte da atual ibéria, antiga Kéltia, um dos seus Deuses era representado pela mão direita decepada. A simbologia não é estranha ao mitogema indo-europeu, na mitologia nórdica Týr também é assim representado, por ter empenhado sua mão dentro da boca do lobo Fenrir, para que o grande lobo fosse preso, e assim garantir que seu mundo não fosse destruido. Na mitologia irlandesa o protagonista é Nuada, rei dos Tuatha dé Danann, que os lidera numa guerra contra os Fir Bolg, quando tem seu braço decepado após vencer o rei dos fomorianos.

Assim Nuada não pode mais governar, pois apenas um homem inteiro e saudável podia ser rei, pois da saúde do rei dependia a saúde da terra. O médico, druida, DianCécht lhe faz um braço de prata que não foi o bastante para garantir seu direito de governar. Nuada sai em auto-exílio e em seu lugar assume Bres, o Belo, filho de Elatha. A eleição de Bres fora estratégica, pois ele era de origem fomoriana, e assim manteria a paz com os fomores. Mas, logo se mostrou um rei tirânico, injusto, e iniciou uma éra de más colheitas que se abateu sobre a terra. Para pôr fim a esse reinado, era preciso que um rei legítimo desafiasse Bres, e por essa razão, Miach, filho de DianCécht, descobre um jeito de superar os feitos do pai e devolver um braço de carne e osso a Nuada, tornando-o novamente digno de reclamar a soberania.

Ara galaica consagrada ao Deus Neiton
O pleito de Nuada ao trono conduz as Tuatha dé a uma nova guerra contra os fomores, mais intensa do que a anterior, mas acaba na vitória das Tuatha após Lugh matar Balor, o rei fomor, um gigante ciclope, que incendiava e que tudo fazia perecer e definhar com seu olho que tudo via. Para essa batalha, Nuada concede o trono temporário a Lugh, para que ele liderasse o povo a vitória. Nuada morre em batalha, Lugh, porém, consegue matar Balor com sua lança, atingindo seu olho incendiário.

Vargas preenche todo esse ciclo mítico, lidera a nação brasileira ao seu desenvolvimento e sua soberania, gerando uma éra de prosperidade. Porém, após sair vitorioso de todas as batalhas: Revolução de 30, Contra-revolução de 32, Segunda Guerra Mundial, é destituido, vilmente. Sai em auto-exílio, e assim segue, um período de penúria para o País, governado por um usurpador, indígno da terra. Na religiosidade céltica, uma terra só se torna próspera quando seu soberano a ama, e assim cela um casamento entre ela e seu rei. Na mitologia irlandesa isso é relatado quando Nuada tem um encontro amoroso com a Deusa Morrigam, que o lidera para a vitória. E assim era o rito de sagração de um rei em todo o mundo celta, o casamento do Rei com sua terra, a Deusa Morrigan, ou Nábia na antiga Gallaecia, os nomes se multiplicam, conforme as localidades.

Como Nuada, Vargas volta a ser soberano, porém cumpre a sina de se sacrificar para libertar o país, esse é o ponto central do mito. O soberano que se sacrifica pelo país para garantir sua soberania e prosperidade. Esse mitogema se repete em quase todo mundo indo-europeu. Leônidas, rei de Esparta, igualmente cumpre essa sina. Ao marchar contra o exército Persa, sabia que se sacrificava, e marchava para a morte, para assim salvar a Grécia.

Ao se erguer  a mão direita no juramento a bandeira quando do alistamento militar, ou nas missas, oque se esta fazendo é um juramento imemorial de nossos ancestrais, mesmo que isso implique se sacrificar, para garantir a existência de nossa nação, do direito de vivermos, livremente, em nossa pátria, em sua plena soberania, garantia de prosperidade.

Nuada, como Getúlio Vargas, era o rei nobre de alma e espírito, justo e correto, que nos ensina que a honra deve estar acima do orgulho, que as tradições, e o dever público, vem antes dos interesses pessoais, que nossa soberania depende de nossa própria conquista e que essa depende dos sacrifícios que lhe são exigidos.




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